domingo, 30 de maio de 2021

Filhos da graça

 

Está escrito:

“Ele lhes perguntou: Filhos, vocês têm algo para comer? Eles responderam que não.” João 21:5

 

Era início da noite junto ao mar de Tiberíades. Então, Pedro, um dos doze discípulos de Jesus e que o negara alguns dias atrás diante das pessoas, tomou a decisão de ir pescar. Pedro não suportava ficar inativo. A impressão que me passa na mente era que Pedro estava decepcionado consigo mesmo, achando que seu ministério havia acabado, daí resolveu lançar as redes ao mar e voltar a exercer seu ofício de empresário da pesca, embora não podemos afirmar categoricamente que essa tenha sido a sua intenção. Mas, tudo leva crer que foi uma decisão temporária, tendo em vista a ressurreição de Jesus, talvez tenha sido providencial para o acontecimento que viria ocorrer na manhã seguinte. 

 

Então, como líder daquele grupo de pescadores, a sua atitude levou consigo seus companheiros, Tomé, Natanael, Zebedeu e dois outros discípulos de Jesus, que disseram: “Nós vamos com você” (João 21:3). Mas, a noite não estava para peixe. Eles lançaram a rede ao mar e não encontraram nada. Muito trabalho e pouco resultado! 

 

Todavia, ao amanhecer, uma surpresa os esperava. De pé na praia, Jesus os observava, mas os discípulos estavam tão frustrados e acovardados que não o reconheceram. Então, escutou-se a voz mansa e suave de Jesus a dizer: “Filhos!” Imagino que Pedro naquela situação estava certo de que não era mais digno de seguir em frente na obra evangelística. No entanto, ao invés de ouvir a voz de acusação, escutou o chamado da graça, representada, pela palavra “Filhos”. Perceba que Jesus pronuncia no plural, Ele não somente se referia a Pedro, mas também os demais discípulos.

 

O fato é que Jesus estava presente naquela manhã não somente para realizar o milagre da pesca maravilhosa, pois ao ordenar que lançasse a rede ao lado direito do barco, os pescadores obedeceram e quase não conseguiam recolher a grande quantidade de peixe, mas Jesus estava ali para restaurar o ministério de Pedro e dos demais discípulos.  

 

Diante desse contexto, algumas lições podemos aprender e aplicar em nossa vida:

1.     Somos filhos da graça – Jesus nos ama como filhos. Tem coisa mais doce do que ser chamado por “filho”? A palavra dita por Jesus tinha uma tonelada de graça para aqueles discípulos medrosos e acovardados. Graça e amor se misturam numa combinação perfeita para restaurar vidas para a glória de Deus. “Todos recebemos da sua plenitude, graça sobre graça” (João 1:16). Ó maravilhosa graça de Jesus! Aleluia! O que seria de nós se não encontrássemos a graça que nos ajuda no momento da necessidade (Hebreus 4:16).

2.     Não estamos sós – por mais que seja difícil a situação, nunca estamos sós. Jesus está conosco. Ele observava os discípulos, o trabalho inútil da pesca, o desânimo e a frustração deles. Porém, tudo mudou quando eles reconheceram que era Jesus que estava ali observando o trabalho deles. Então, quando Jesus está presente em nossa vida podemos ter a certeza de que Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste (Colossenses 1:17), portanto Ele tem o controle do nosso destino.

3.     A graça que restaura - o encontro de Jesus com seus discípulos tinha um propósito, a restauração ministerial. Jesus não estava na praia para fazer um piquenique, embora o pretexto fosse a pergunta: “vocês têm algo para comer?”. Mas, depois da pesca milagrosa, João, o discípulo a quem Jesus amava, reconheceu que era Jesus. Isso abriu os olhos de Pedro que se jogou no mar e foi nadando até ao encontro de Jesus. Depois de comerem o pão com o peixe da pescaria, Jesus questiona três vezes Pedro, “amas-me?” Foram essas três perguntas que levaram e motivaram Pedro a seguir seu ministério por causa do seu amor ao Senhor. A graça alcançou Pedro e os demais discípulos. Os filhos da graça têm seus ministérios restaurados.

 

Por fim, a graça nos ensina que para exercer qualquer ministério é preciso amar seu ofício. Pedro aprendeu a lição e exerceu sua liderança com poder e sabedoria do Espírito Santo, sendo constante, fiel e firme até sua velhice, quando glorificou a Deus ao ser crucificado de cabeça para baixo. A graça de Deus é poderosa para nos perdoar e fazer seguir em frente.

Lembre-se: Deus é bom; seu amor dura para sempre.

3 comentários:

Cleide Rejane Damaso de Araújo disse...

O plano da salvação foi claramente traçado, pele amor de Deus expresso em Sua graça. A vontade de Deus é revelada em Sua palavra. A graça da vida eterna é prometida sob a condição de salvadora fé em Cristo Jesus. O apóstolo Paulo se gloriava na experiência de ser escravo do Senhor, porque havia experimentado a única liberdade verdadeira: a graça que restaura. ALELUIA!!

Sérgio Santos disse...

Aleluia! Glória à Deus!

Saemmy Albuquerque disse...

Amém! A Graça nos alcançou!