sexta-feira, 29 de junho de 2012

Aumento do PIB para educação

A Câmara do Deputados aprovou anteontem um aumento no investimento da educação brasileira para 10% do Produto Interno Bruto (PIB), dentro do Plano Nacional de Educação (PNE), em Comissão Especial. O que nos chama atenção é o fato de que o governo brasileiro ainda não investe 7% do PIB, aliás o setor só recebe 5,1%. E os senhores deputados ainda deram pulos de alegria, gritos e cantaram o Hino Nacional. Tanta demagogia e hipocrisia!
Na realidade, o Brasil é o país que menos gasta com educação. Em 2007, o total do PIB investido em educação chegou a 3,9%, segundo o relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), enquanto os Estados Unidos gastam em educação 7,4% do PIB, Dinamarca e Luxemburgo  7,2% do PIB. Vários países na Europa e alguns da América do Sul, ao exemplo do Chile, aumentaram seus investimentos em educação.
Então, há alguma coisa errada em aumentar os investimentos em educação no Brasil? Sim. Porque, o Brasil ainda não investe o que devia em educação e porque não investe? Porque falta GESTÃO e vontade política. O grande problema do Brasil é a sua incapacidade de gerir os recursos financeiros de forma planejada, equilibrada e HONESTAMENTE. O flagelo que corrói a gestão pública chama-se CORRUPÇÃO. Não adianta querer mostrar que é bonzinho, aprovando medidas de gastos públicos de forma irresponsável apenas para agradar aos leitores e ganhar votos nas próximas eleições. 
A educação precisa de investimentos e de gestão para que esses recursos cheguem a promover as mudanças que a sociedade espera: melhoria na qualidade do ensino fundamental, médio e superior, em termos de estrutura e instalações, ampliação de vagas, condições de trabalho dos professores, remuneração com plano de cargo e salário, entre outras medidas. 
É importante lembrar que vários setores da educação estão em greve, inclusive as universidades, e os senhores deputados não estão sensibilizados para resolver o problema e o governo não toma uma atitude para apresentar uma solução. 
Esse é o país em que vivemos, um país de faz de conta, faz de conta que o PIB para educação é 5% ou 7% ou 10% e ficamos todos vivendo no imaginário mundo da fantasia, "me engana que eu gosto". É lamentável, a falta de seriedade e compromisso que algumas autoridades têm para como o serviço público.
Se vai melhora a educação nos próximos 10 anos, quem viver verá.   

sexta-feira, 8 de junho de 2012

PSF: análise a partir das crenças dos seus prestadores de serviço

OLIVEIRA, S.F.; ALBUQUERQUE, F.J.B. Programa de Saúde da Família: uma análise a partir das crenças dos seus prestadores de serviço. Psicologia & Sociedade, v. 29, n. 2, p. 237-246, 2008.
O presente estudo procurou avaliar qualitativamente o PSF, a partir das crenças dos profissionais da equipe de saúde da família. Foram selecionados cinco unidades de saúde família e 30 profissionais escolhidos para serem entrevistados. O método utilizado foi a análise de conteúdo. Os participantes demonstraram que há uma avaliação negativa do PSF no tocante às condições de trabalho fornecidos pelos gestores, ao deficitário sistema de referência e contra-referência, a falta ou insuficiência de capacitações, a sobrecarga de trabalho e a falta de compreensão da população sobre o PSF. Leiam o texto e façam seus comentários.

A quem interessa a relação médico-paciente?

FERNANDES, J.C.L. A quem interessa a relação médico-paciente? Cad. Saúde Públi., Rio de Janeiro, v. 9, n. 1, p.21-27, jan/mar, 1993.
A relação médico-paciente é parte integrante do cotidiano de milhares de profissionais. O autor explica que é necessário investigar como está relacionada o conhecimento médico e a relação mais geral entre medicina e sociedade. Tal relação, da forma como foi estabelecida, é um instrumento de difusão e manutenção do poder do Estado e da instituição médica sobre a sociedade. Para transformar esta prática, o autor discorre duas abordagens: os campos hospitalar e extra-hospitalar.  Leiam o texto e façam seus comentários.

Ensino e Serviços de Saúde

O Capítulo X do livro de Sociologia da Saúde trata do ensino e serviços de saúde. O autor defende a tese de que a atuação em saúde coletiva tem como atores principais, os profissionais em saúde, e os médicos e alunos de medicina devem desenvolver competências e habilidades para executar os programas de atenção primária. São abordados as ideias e propostas de ensino e serviços; histórico do ensino médico voltado para o social; o mercado de trabalho em saúde; a integração ensino/assistência/ comunidade; o SUS no âmbito da integração ensino/assistência e o perfil médico na atualidade. Leiam o texto e façam seus comentários.

Pobreza, injustiça e desigualdade social

COTTA, R.M.M. et all. Pobreza, injustiça e desigualdade social: repensando a formação de profissionais de saúde. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 31, n. 3, p. 278-286, 2007.
Os autores discorrem sobre a formação de profissionais de saúde para responder as demandas da coletividade. Um das questões que norteia a discussão, é a crescente demanda por recursos humanos habilitados a atuar em situações onde a pobreza e a desigualdade são fatores determinantes dos processos de adoecimento. Os autores tentam discutir a necessidade de mudanças na formação laboral em saúde a luz dos princípios do Sistema Único de Saúde.
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Sociologia médica ou da saúde ou medicina social

MONTAGNER, M.A. Sociologia médica, sociologia da saúde ou medicina social? Um escorço comparativo entre França e Brasil. Saúde Soc. São Paulo, v. 17, n. 2, p. 193-210, 2008.
O presente estudo procurar esboçar a sociologia médica comparativa entre França e Brasil, discutindo as trocas entre sociólogos brasileiros e franceses, que partilham os estudos de um lado da sociologia da medicina e do outro, a abordagem sociológica construída por Pierre Bourdieu. O autor faz uma reflexão sobre o status da sociologia dentro do campo da saúde com base na literatura francesa, norte-americana, inglesa e brasileira.  Após um levantamento dos trabalhos publicados na área médica, os autores procuram esclarecer os modos específicos de abordar a saúde, a doença e a medicina em cada país.
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Arranjos neocorporativos

RIBEIRO, J.M. Arranjos neocorporativos e defesa de interesses dos médicos. Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 9(1):05-20, jan/mar, 1993.
O texto discorre sobre o corporativismo no Brasil desde o surgimento do modelo sindical instituído na década de 30. Com a redemocratização, o movimento sindical passou a conviver com a representação plural de interesses, que refletiu no sindacalismo médico. Por outro lado, o arranjo político decorrente da Constituinte de 1988 consagrou na área da saúde as formas pluripartites de gestão da política pública. O autor discute aspectos conceituais dos arranjos neocorporativos e a sua relevância para a compreensão da política pública em saúde. Leiam o texto e façam seus comentários.

Ocupações supostamente subalternas

SANTOS, L.A.C.; FARIA, L. As ocupações supostamente subalternas: o exemplo da enfermagem brasileira. Saúde Soc., v.17, n. 2, p. 35-44, 2008.
Esse estudo retrata a história da formação de educadores sanitaristas e enfermeiras de saúde pública na primeira metade do séc. XX.  O estudo se apóia na literatura histórico-sociológica que discute o movimento de configuração do campo da saúde pública e o debate sobre a nacionalidade e  constituição de identidades profissionais no campo do cuidar. Ressalta a formação de novas categorias e um modelo de profissionalização baseado na "feminização" da atenção ao paciente e às famílias. Os autores discutem a formação das profissionais e a organização do campo de trabalho com a atuação das visitadoras da Educação Sanitária e da Enfermagem de Saúde Pública e o poder médico.
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