domingo, 25 de junho de 2023

A Graça de Deus: fonte da salvação para todos

 

Está escrito:

“Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens” Tito 2:11

 

A carta do Apóstolo Paulo a Tito é uma das cartas pastorais do Novo Testamento mais importante, porque é uma espécie de manual para a liderança cristã, em que Paulo oferece orientações para Tito sobre como selecionar líderes nas igrejas, como ensinar a sã doutrina, como lidar com falsos mestres e como incentivar os cristãos a viverem uma vida piedosa e virtuosa.

 

Nesse contexto, ao longo da carta, Paulo enfatiza a importância da graça de Deus na salvação e na santificação dos crentes e exorta Tito a ensinar isso com firmeza e clareza. O texto em destaque aqui, está afirmando que a graça de Deus foi manifestada para trazer salvação a todos os homens. Teologicamente, a graça de Deus é entendida como um presente gratuito e imerecido que Deus concede a toda a humanidade através da fé em Jesus Cristo, que com sua morte e ressurreição, Deus tornou possível que a humanidade pudesse ser salva da morte eterna. 

 

É importante frisar que a frase “a todos os homens” não significa que todos serão automaticamente salvos, mas sim que a oferta de salvação está disponível para todos, independentemente de sua raça, gênero, cultura ou posição social. Em outras palavras, a graça de Deus não é limitada a um grupo exclusivo de pessoas, mas é estendida a todos os que escolhem crer em Jesus Cristo como seu Salvador.

 

Então, por que as pessoas rejeitam essa graça de Deus? Elas rejeitam a graça de Deus por várias razões. Algumas podem não acreditar em Deus ou na existência de uma força superior, outras podem ter dificuldades em entender e aceitar as doutrinas cristãs, enquanto outras podem ter tido experiências negativas com religiões ou pessoas religiosas. Além disso, muitas preferem seguir seus próprios caminhos e desejos em vez de submeterem-se a Deus e sua vontade. Elas podem considerar que a vida cristã envolve renúncias e sacrifícios, e preferem seguir seus próprios desejos e interesses ao invés de aceitar a graça de Deus e seguir seus ensinamentos.

 

Em todos esses casos, é importante lembrar que a graça de Deus é uma oferta gratuita que está disponível para todos, independentemente de sua história ou crença. De forma que, quando a graça de Deus se manifesta na vida da pessoa, as evidências se mostram como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais. Eis algumas delas:


1.   Há salvação da condenação do pecado: por meio da morte e ressurreição de Jesus, Deus oferece a todos os seres humanos a oportunidade de serem salvos da condenação do pecado e da morte eterna. “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). Aqueles que creem em Jesus e recebem o dom da salvação, não perecerão, mas terão a vida eterna. Esse versículo resume a mensagem central do evangelho – a oferta da salvação em Jesus Cristo.


2.   Há transformação de vida: quando uma pessoa recebe a graça de Deus, sua vida é transformada. Ela começa a abandonar os padrões e comportamentos mundanos e se volta para uma vida de retidão e santidade. A graça de Deus capacita as pessoas a viverem uma vida de acordo com a vontade de Deus. “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:2). Essa transformação acontece quando o Espírito Santo age na vida do cristão, dando-lhe uma nova perspectiva e direção.


3.   Há paz e alegria: a graça de Deus traz paz e alegria para a vida das pessoas. Aqueles que experimentam a graça de Deus encontram paz interior, mesmo em meio às dificuldades e desafios da vida. Eles também experimentam alegria verdadeira que não depende das circunstâncias externas. “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus” (Filipenses 4:7). Essa paz é acompanhada de alegria, que é fruto do Espírito Santo, e que também é um dom de Deus para seus filhos. 


4.   Há amor e compaixão: a graça de Deus capacita as pessoas a amarem os outros e a demonstrarem compaixão e misericórdia. Isso é visto quando os cristãos servem aos necessitados, ajudam os pobres e enfermos e compartilham o amor de Deus com aqueles que estão em necessidade. “Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo” (Efésios 4:32). Essas são atitudes que refletem o amor e a compaixão de Deus por nós. Como Deus nos perdoou em Cristo, também devemos perdoar uns aos outros. O amor e a compaixão são características fundamentais do caráter de Deus e devem ser evidentes na vida daqueles que seguem a Cristo.


5.   Há testemunho: a graça de Deus também se manifesta por meio do testemunho daqueles que a receberam. Quando as pessoas veem a transformação na vida de um cristão, elas são atraídas para Deus e para sua graça. “Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra” (Atos 1:8). Esse versículo mostra que o testemunho é uma parte essência do ministério cristão, e que é o Espírito Santo quem capacita e direciona os crentes para compartilharem a mensagem do evangelho com outras pessoas.

 

Em resumo, a graça de Deus é uma oferta universal e sua capacidade de salvar todos os que creem em Jesus Cristo é real e expressa o amor e misericórdia de Deus para com a humanidade, na qual Deus deseja que todos sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade (1Timóteo 2:4). Se a graça lhe alcançou, não rejeite tão grande graça!

 

Lembre-se: Rendam graças ao SENHOR, pois Ele é bom; o seu amor dura para sempre

domingo, 18 de junho de 2023

Verdades irrefutáveis

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Está escrito:

“e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32)

 

A frase “conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” é uma das mais famosas ditas por Jesus Cristo e foi registrada no Evangelho de João. Essa declaração é uma afirmação poderosa sobre a natureza da verdade e sua relação com a liberdade.

 

Penso que, ao dizer isso, Jesus estava se referindo à verdade espiritual, que é o conhecimento da vontade de Deus e do propósito divino para a humanidade. Ele estava dizendo que, ao compreender essa verdade, as pessoas podem encontrar a verdadeira liberdade, que não pode ser encontrada em qualquer outra fonte. 

 

Certamente, que a verdade pode libertar as pessoas de várias formas: libertando-as de suas crenças e pensamentos limitantes, de suas emoções negativas, de seus medos e de suas amarras emocionais. Só a verdade de Cristo pode permitir que as pessoas encontrem a paz, a felicidade e a realização em suas vidas.

 

Diante o exposto, apontarei apenas cinco verdades irrefutáveis que podem contribuir para sua reflexão de vida:

1. Você vai morrer – a morte é um tema central na teologia e em diferentes tradições religiosas. Na perspectiva cristã, a morte é vista como uma consequência do pecado original, introduzido no mundo pela desobediência de Adão. A Bíblia afirma que “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23), e que todos os seres humanos são mortais porque estão sujeitos a essa penalidade. A morte vem para todos e dessa vida não levamos nada de material, nascemos, crescemos e morremos. Isso é um fato, é uma verdade irrefutável.

Entretanto, a teologia cristã ensina que a morte não é o fim absoluto da vida humana. A ressurreição é uma crença central na fé cristã, que afirma que, após a morte, o corpo humano será ressuscitado, assim como aconteceu com Jesus Cristo. Essa ressurreição é considerada um evento sobrenatural, realizado por Deus, e que dará origem a uma nova vida “a vida abundante”, isto é, eterna.


2. Você é pecador – na perspectiva teológica cristã, o pecado é entendido como uma transgressão da vontade de Deus. O pecado é considerado uma ofensa contra Deus e uma violação da sua lei moral. A Bíblia afirma que todos os seres humanos pecam e estão sujeitos à consequência do pecado, que é a morte, por isso a morte é uma verdade irrefutável, daí o apóstolo Paulo afirmar: “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3:23). 

A teologia cristã também ensina que o pecado é uma condição inerente à natureza humana e é conhecida como pecado de origem, ou seja, é uma condição transmitida de geração em geração e é uma consequência da queda de Adão. Nós não temos escolha, já nascemos como DNA do pecado, por isso todos os seres humanos nascem com a tendência ao pecado e são incapazes de se salvar a si mesmos. 

No entanto, há esperança, a teologia cristã ensina que a solução para o pecado, é a salvação em Jesus Cristo em que fomos justificados por meio da fé e do arrependimento recebemos o perdão de Deus, por sua graça e misericórdia.


3. Tudo muda e nós também mudamos – o apóstolo Paulo em Romanos 2:12, afirma: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Este versículo é uma exortação e serve como um chamado para que nós sejamos diferentes das pessoas do mundo e sejamos transformados pela renovação da mente. Paulo está enfatizando que a vida cristã deve ser uma vida de mudança e transformação, e não de conformidade com os padrões do secularismo.


4. É impossível agradar a todos – essa verdade também é incontestável. Na perspectiva teológica, é impossível agradar a todos porque vivemos em um mundo caído e pecaminoso, em que as pessoas têm opiniões, crenças, valores e interesses diferentes. Além disso, a Bíblia ensina que todos os seres humanos são pecadores e, portanto, estão sujeitos a falhas, erros e limitações. Essas diferenças e imperfeições humanas fazem com que seja impossível agradar a todos o tempo todo. 

Todavia, a Bíblia ensina que agradar a Deus deve ser o objetivo principal da vida cristã - “Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo” (Gálatas 1:10). O texto deixa claro que o cristão deve ser fiel aos seus valores e convicções de fé, mesmo que isso signifique desagradar outras pessoas.


5. A salvação é obra de Deus do começo ao fim – não há controvérsias nessa verdade, a salvação é obra de Deus, porque é um ato de graça divina e não depende das obras ou méritos humanos. De acordo com a teologia cristã, a salvação é um processo que começa com a iniciativa de Deus e é concluído por Ele. A Bíblia ensina que Deus é o autor da salvação e que Ele escolheu salvar o homem por meio de Jesus Cristo. “Assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade” (Efésios 1:4-5).

A salvação começa com a eleição divina, que é um ato divino baseada na graça de Deus e não em méritos humanos. Deus nos chama ao arrependimento e à fé em Cristo Jesus. Como diz o apóstolo Paulo: “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade” (2 Tessalonicenses 2:13).

 

Em resumo, as verdades acima mencionadas são irrefutáveis quer você seja Teísta ou Ateísta. A verdade liberta porque é a realidade objetiva da vida que livra as pessoas da ignorância e do engano, ela liberta as pessoas do medo, da ansiedade e da insegurança. Obviamente que existem outras verdades, mas as cinco destacadas acima são capazes de despertar a consciência e procurar viver de acordo com a realidade e experimentar a liberdade em Cristo que vem de viver em verdade.

 

Lembre-se: Rendam graças ao SENHOR, pois Ele é bom; o seu amor dura para sempre.

Soli deo gloria

domingo, 11 de junho de 2023

Caminhando com Deus: a importância da justiça, misericórdia e humildade na vida cristã

 

Está escrito:

“Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus” (Miquéias 6:8).

 

O profeta Miquéias nos encoraja, na passagem de hoje, a não subestimar o poder dos pequenos atos de misericórdia, pois eles são o catalisador da transformação e da mudança no Reino de Cristo. Essa citação bíblica resume de forma sucinta o que Deus espera das pessoas em sua relação com Ele e com as pessoas. Ela ensina que a prática da justiça, da misericórdia e da humildade são os requisitos fundamentais para caminharmos com Deus e termos uma vida plena e satisfatória.

 

A expressão “Ele te declarou, ó homem, o que é bom”, indica que Deus já revelou o que é certo e bom para as pessoas seguirem. Deus não deseja que seus filhos vivam em ignorância sobre o que é correto e justo, mas que sigam seus ensinamentos para uma vida plena. “E que é o que o Senhor pede de ti”, destaca que Deus tem expectativas em relação às pessoas, mas o que elas devem seguir?


1.      A prática da justiça: praticar a justiça é uma parte fundamental da fé cristã e deve ser exercida em todas as áreas da vida, desde as relações pessoais até o engajamento social e político. A Bíblia nos oferece muitas orientações sobre como os cristãos devem praticar a justiça, por exemplo:

·      Tratando os outros com justiça e igualdade – o cristão deve tratar todos os seres humanos com justiça e igualdade, independentemente de sua raça, gênero, etnia ou posição social. Tiago 2:9 afirma: “Mas, se tratarem os outros com parcialidade, estarão cometendo pecado e serão condenados pela Lei como transgressores”. 

·      Lutando contra a opressão – o cristão deve se opor a todas as formas de opressão, incluindo a pobreza, a injustiça e a violência. O Salmo 82:3 diz: “Garantam justiça para os fracos e para os órfãos; mantenham os direitos dos necessitados e dos oprimidos”. 

·      Defendendo a verdade – o cristão deve ser um defensor da verdade e da honestidade, agindo com integridade e evitando a corrupção. O Salmo 15:1-2 diz: “Senhor, quem habitará no teu santuário? Quem poderá morar no teu santo monte? Aquele que é íntegro em sua conduta e prática o que é justo; que de coração fala a verdade”. 

·      Amando seu próximo – o cristão deve amar seu próximo como a si mesmo, mostrando compaixão e cuidado pelos outros. Jesus ensinou em Mateus 22:39: “Ame o seu próximo como a si mesmo”.

2.   Amar a misericórdia: a misericórdia é a compaixão e o perdão que mostramos aos outros, mesmo quando não merecem. A Bíblia oferece muitos ensinamentos sobre como os cristãos podem amar a misericórdia e praticá-la em suas vidas, assim vejamos:

·      Perdoando os outros – o perdão é uma forma essencial de misericórdia. Os cristãos são chamados a perdoar os outros, mesmo quando eles não merecem. Jesus nos ensinou isso em Mateus 6:14-15: “Pois, se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também perdoará vocês. Mas, se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não perdoará as ofensas de vocês".  

·      Ajudando os necessitados – os cristãos devem estar atentos às necessidades dos outros e ajudá-los de todas as formas possíveis. A Bíblia nos ensina em Hebreus 13:16: “Não se esqueçam de fazer o bem e de repartir com os outros o que vocês têm, pois de tais sacrifícios Deus se agrada". 

·      Mostrando compaixão – a compaixão é outra forma essencial de misericórdia. Os cristãos devem mostrar compaixão pelos outros, colocando-se em seus lugares e tentando entender suas dificuldades.  Sigamos o exemplo de Jesus em Mateus 9:36: “E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam desgarradas e errantes como ovelhas que não têm pastor”.

·      Sendo misericordioso consigo mesmo – não se culpe, perdoe a si mesmo e lembre-se de que somos seres humanos falíveis. O Salmo 103:8-10 ensina: “O Senhor é misericordioso e compassivo, paciente e cheio de amor. Não acusa sem cessar nem fica ressentido para sempre; não nos trata conforme os nossos pecados nem retribui conforme as nossas iniquidades”. 

·      Amando seus inimigos – essa é uma das formas mais difíceis de amar a misericórdia, mas é uma das mais poderosas. Jesus ensinou em Mateus 5:44: “Mas eu digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem”.

3.   Ande em humildade com Deus: a humildade é a virtude que nos ajuda a reconhecer que somos seres criados, dependentes de Deus e que precisamos dEle em todas as áreas de nossa vida. A Bíblia oferece muitos ensinamentos a esse respeito, tais como:

·      Reconhecendo a soberania de Deus – nós devemos reconhecer que Deus é o Soberano do universo e que é Ele quem controla todas as coisas. Tiago 4:10 ensina: “Humilhem-se diante do Senhor, e ele os exaltará”. 

·      Obedecendo a palavra de Deus – a Bíblia é a Palavra de Deus e nós devemos obedecer a seus ensinamentos, para não pecar contra Ele. Jesus ensinou em João 14:15: “Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos”. 

·      Servindo os outros - os cristãos devem servir aos outros, como Jesus serviu durante seu tempo na terra. Filipenses 2:3-4 ensina: “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a vocês mesmos”.

·      Reconhecendo seus próprios limites – devemos reconhecer nossos limites e não tentar fazer tudo sozinho. O apóstolo Paulo nos ensina em 2 Coríntios 12:9: “Mas ele me disse: Minha graça é suficiente a você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim”.

Por fim, praticar justiça, misericórdia e humildade deve nos encorajar e inspirar mais e mais em nossa vida cristã. Essas três áreas devem ser nosso foco quando nos depararmos com as diversas circunstâncias da vida.

 

Lembre-se: Rendam graças ao SENHOR, pois Ele é bom; o seu amor dura para sempre.

Soli deo gloria


domingo, 4 de junho de 2023

Livrem-se das emoções negativas


Está escrito:

“Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade” (Efésios 4:31).

 

O amor é um sentimento nobre que deve ser cultivado e mantido em nossas vidas. Ele é capaz de transformar e curar as mais profundas feridas, além de fortalecer as relações interpessoais e nos aproximar dos outros. No entanto, é importante destacar que o amor verdadeiro não guarda amargura, indignação e ira.

Aliás, a amargura é um sentimento negativo que surge quando uma pessoa se sente magoada, ofendida ou injustiçada. Isso é algo muito comum no convívio social, no entanto a amargura se manifesta através do ressentimento, da raiva, do ódio e da vontade de se vingar daquele que causou a dor. Porém, esse sentimento não é saudável para a nossa mente e corpo, pois nos mantém presos ao passado, impedindo-nos de seguir em frente.

Mas, quando amamos verdadeiramente alguém, não guardamos emoções negativas, pois o amor é capaz de perdoar e de abandonar o passado. É importante lembrar que o perdão não é uma fraqueza, mas sim, um ato de coragem e sabedoria. Quando perdoamos alguém, estamos liberando as emoções negativas que carregamos dentro de nós, permitindo que possamos seguir em frente com leveza e paz.

 Além disso, o amor não guarda emoções negativas em nosso interior porque ele é capaz de ver o melhor nas pessoas, mesmo em momentos difíceis. Quando amamos alguém, não julgamos as suas ações, mas sim tentamos compreendê-las e ajudá-las a superar as dificuldades, mas isso só é possível pela graça de Deus em nós que nos faz enxergar além dos erros e falhas, e valorizar as qualidade e virtudes das pessoas.

A Bíblia fala muito sobre o amor e a importância de perdoar aqueles que nos ofendem. Uma das passagens mais conhecidas que fala sobre o amor não guardar emoções negativas está em 1 Coríntios 13:5, que diz: “Não se maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor”. Essa passagem faz parte do capítulo conhecido como “o hino do amor”, um dos trechos bíblicos que considero mais lindo e teologicamente profundo. O apóstolo Paulo destaca a importância do amor como um dom supremo, que deve ser cultivado em todas as relações.

Mas, o que o cristão pode fazer para remover do coração os sentimentos negativos? É certo que falar sobre o amor é fácil, dizer “livrem-se das emoções negativas” também parece fácil. No entanto, na prática, o que podemos fazer? Vejamos algumas atitudes que devemos exercitar no dia-a-dia:

1.     Busque a Deus em oração: o cristão pode orar a Deus, pedindo forças e sabedoria para lidar com os sentimentos negativos e buscar a cura para a dor emocional. A oração pode ajudar a trazer paz e serenidade ao coração. “Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus” (Filipenses 4:6).

2.     Leia a Bíblia: ela é a fonte de sabedoria e inspiração para o cristão. Ler as Escrituras pode ajudar a renovar a mente e o coração, trazendo clareza e perspectiva sobre a situação que gerou os sentimentos negativos. “A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho” (Salmos 119:105). A leitura da Bíblia é uma maneira importante de crescer em fé e conhecimento de Deus e de receber orientação e direção para a vida.

3.     Perdoe: o perdão é um dos principais remédios para o rancor e a mágoa. Perdoar não significa esquecer a ofensa, mas sim decidir não guardar mais ressentimentos e seguir em frente. O cristão pode pedir a Deus a graça de perdoar e se esforçar para tomar a decisão de perdoar. “Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo” (Efésios 4:32). Este verso encoraja os cristãos a praticarem o perdão, seguindo o exemplo de Deus que nos perdoou através de Jesus Cristo.

4.     Peça ajuda a um profissional de saúde ou conselheiro espiritual: em algumas situações, pode ser necessário busca de ajuda de um profissional, preferencialmente cristão, como um psicólogo, um conselheiro ou pastor, que possa orientar e aconselhar sobre como lidar com os sentimentos negativos. “Entre vocês há alguém que está doente? Que ele mande chamar os presbíteros da igreja, para que estes orem sobre ele e o unjam com óleo, em nome do Senhor” (Tiago 5:14). Esse verso incentiva os cristãos a buscar a ajuda dos presbíteros ou líderes da igreja em momentos de dificuldades.

5.     Pratique a compaixão: a compaixão nos faz ter a capacidade de se colocar no lugar do outro e entender o que o motivou a agir de determinada forma. O cristão pode praticar a compaixão, buscando entender as motivações e limitações do outro e não julgar ou culpar. “Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência” (Colossenses 3:12). Todas essas qualidades envolvem a prática da compaixão.

6.     Foque no amor: o amor é o sentimento oposto ao rancor e à mágoa. O cristão pode se esforçar para cultivar o amor, praticando atos de bondade e generosidade e evitando alimentar pensamentos e sentimentos negativos. “Um novo mandamento dou a vocês: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros” (João 13:34).

 Em resumo, para livrar-se das emoções negativas, o cristão pode buscar a Deus em oração, ler a Bíblia, perdoar, pedir ajuda, praticar a compaixão e focar no amor. Cada caso é único e requer um esforço individual e constante, mas com a ajuda de Deus e o apoio de familiares e amigos leais, é possível superar esses sentimentos e viver em paz e harmonia.

Lembre-se: Rendam graças ao SENHOR, pois Ele é bom; o seu amor dura para sempre.

Soli deo gloria