Deus em silêncio

 

Está escrito:

“Ó Deus, não te emudeças; não fiques em silêncio nem te detenhas, ó Deus” (Salmo 83:1).

 

Será que você já passou por alguma situação desesperadora, de muita angústia e sofrimento de alma, em que você orou, clamou, chorou, buscou a Deus e não encontrou resposta, ao ponto de si questionar: Senhor, onde estás que não vês meu sofrimento? Por que este silêncio? Quantas vezes fizemos esse questionamento em nossos pensamentos? Mas, Deus em silêncio permanece.

 

Na verdade, o silêncio de Deus pode dizer muitas coisas que nós não compreendemos, porque estamos tão focados no problema que nos aflige e esquecemos que temos um Deus que se relaciona conosco de forma pessoal.  Talvez a postura que temos assumido diante de Deus possa definir o que o silêncio de Deus está tentando nos dizer.

 

Porém, algo não se pode negar, que Deus nunca realmente se cala. Ele proclama publicamente e em alta voz que é a Sabedoria: “A sabedoria clama em alta voz nas ruas. Ergue a voz nas praças públicas” (Provérbios 1:20). Apesar da manifestação explícita da voz de Deus, não a percebemos, porque queremos que Deus fale do nosso jeito e não é assim que acontece.

 

Deus em silêncio é apenas aparente, mas tem um significado, qual seja: arrependa-se, creia, humilhe-se e espere. 

·      Arrependa-se: as vezes nós pensamos que estamos no controle das coisas a nossa volta e até nos tornamos obstinados e excessivamente autoconfiante, só que isso endurece nosso coração e, obviamente nos afasta de Deus. O fato é que nosso pecado nos distancia de Deus e como podemos ouvir a voz de quem está distante? “O SENHOR está longe dos ímpios, mas ouve a oração dos justos” (Provérbios 15:29). Então, se estivermos em pecado devemos abandoná-lo para nos aproximarmos de Deus outra vez com fé, porque “Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam” (Hebreus 11:6).

·      Creia – Deus já demonstrou seu amor por nós de forma especial, ele nunca vai nos desprezar, apesar de sentirmos incomodados com o silêncio dEle. Creia na Palavra de Deus que diz: “Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará justamente com ele, e de graça, todas as coisas? Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem o justifica” (Romanos 8:31-33). 

·      Humilhe-se - o silêncio de Deus, as vezes tem a ver com o nosso orgulho, nossa soberba, pois nos tornamos inflados. Esse tipo de comportamento não agrada a Deus, por isso, devemos caiar em si e reconhecer nossa condição, humilhando-se diante do Senhor, porque “Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes” (Provérbios 3:34).

·      Espere – é verdade que esperar para quem está aflito e necessitado parece ser algo muito difícil. Se suas orações demoram a ser respondidas, é porque não está no tempo de Deus. Em qualquer que seja a situação devemos buscar sempre a vontade de Deus, porém insista, busque, mas espere no Senhor. “Apesar disso, esta certeza eu tenho: viverei até ver a bondade do SENHOR na terra. Espere no SENHOR. Seja forte! Coragem! Espere no SENHOR” (Salmo 27:13-14).

 

Deus pode estar em silêncio sim, mas Ele faz isso porque Ele sabe o tempo certo de agir e de falar também. Todo cristão já passou por momentos do silêncio de Deus em sua vida, só que essa fase não dura para sempre. No momento de Deus, Ele fala. Vários heróis da fé são apontados na Bíblia que viveram o tempo do silêncio de Deus, a exemplo de José, Moisés e até mesmo o período Inter bíblico que marca o silêncio profético de Malaquias até a pregação de João Batista que durou cerca de 400 anos.

 

Porém, mesmo sem saber a razão do silêncio, devemos usar esse tempo para exercitar a fé. É preciso crer que Deus está trabalhando em nossas vidas até quando se encontra em silêncio. Deus em silêncio, não significa que Ele não está interessado por nós ou que nos abandonou ou até não tem solução para nosso problema. Absolutamente, não! Deus está falando, mas não estamos percebendo e precisamos aprender a ouvir da doce voz de Deus. Ele pode estar falando de diversas formas e muitas vezes a resposta está na Bíblia. Ela tem sempre uma mensagem importante para nossas vidas, porque “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra” (Hebreus 3:16-17).

 

Por fim, não devemos rejeitar a Deus somente porque Ele parece estar em silêncio. Ele não é nosso escravo, mas nosso SENHOR. Ao rejeitá-lo, se perde o contato com Deus e qualquer possibilidade de ter o problema resolvido. Saiba que, quando Deus está em silêncio é porque Ele está trabalhando em nosso favor. Ele está preparando algo muito especial para nossa vida. Deus em silêncio, continua sendo Deus e nosso Pai onipotente, amoroso e bom. Louvado seja Deus!

 

Lembre-se: Deus é bom; seu amor dura para sempre.

Luz do mundo, luz da vida

Está escrito:

Falando novamente ao povo, Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida” (João 8:12). 

 

Ao examinar as Sagradas Escrituras encontramos vários versículos a respeito do tema luz. Quando pensamos em luz, logo vem a mente o brilho que ilumina o ambiente. Nós que somos da geração do led e das micro lâmpadas temos a noção exata da importância da luz em nossas vidas. Mas, o que significa ser Luz do mundo?

 

Alguém poderia responder afirmando que a luz do mundo é o sol. E não estaria errado se olharmos na perspectiva da astrofísica. No entanto, no contexto revelado por Jesus, ser luz do mundo significa que Ele veio ao mundo para abrir nossos olhos, para remover a cegueira do nosso entendimento a respeito de Deus, para nos mostrar o caminho para a vida eterna e nos fazer andar, conforme sua vontade. Andar na luz é andar segundo os propósitos de Deus. 

 

Porém, o contraditório da luz é a escuridão ou treva, que biblicamente significa ignorância, ausência de conhecimento de Deus ou rebeldia contra Deus. Quando as pessoas andam, segundo o pensamento do mundo, cheios de cobiça, inveja, egoísmo, sem domínio próprio, buscando seus interesses sem si importar com outros, fazendo o mal, praticando violência, cometendo imoralidade sexual, feitiçaria, idolatria e mentiras, estão seguindo o curso deste mundo e por essa razão, estão em trevas, ou seja, ainda não conhecem a Deus e o rejeitam,  por isso não tem vida eterna que só é concedida em Cristo Jesus.

 

Assim, Jesus é a Luz do Mundo que dar vida em si mesmo, em outras palavras, a luz elimina a ignorância de Deus no coração do homem, de forma que torna tudo visível e permite ver o caminho para a vida eterna. Jesus ilumina nossos corações e nos revela o pecado que é a causa da treva que há no coração de todo homem que não conhece a Deus. O pecado produz uma barreira que impede o homem de enxergar a luz, todavia quando a verdadeira luz resplandece sobre a treva traz consigo a salvação e mostra o caminho para Deus. Disse Jesus: “Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas” (João 12:46).

 

Um fato impressionante de tudo isso é que quando a luz entra em nosso coração, abre nossos olhos espirituais e passamos a ser luz para o mundo. O resultado é que nos tornamos filhos de Deus ou filhos da luz, de forma que devemos viver na luz e mostrar a luz a outras pessoas que ainda estão na escuridão ou na treva do pecado. O profeta Isaías, cerca de 700 anos antes de Cristo, previu a chegada da luz: “O povo que caminhava em trevas viu uma grande luz; sobre os que viviam na terra da sombra da morte raiou uma luz” (Isaías 9:2). 

 

Logo, a declaração de Jesus: “Eu sou a luz do mundo” é uma clara afirmação de sua divindade que reivindica para si autoridade, domínio e poder, além de apontar para a verdade de que Ele é o único capaz de quebrar a barreira das trevas do pecado e iluminar a vida do pecador. É interessante destacar a figura da luz no Evangelho escrito por João que remete a figura do Messias, ao escrever: “Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas, e as trevas não a compreenderam” (João 1:4-5).

 

Jesus é a verdadeira luz do mundo e quando ele disse: “Eu sou a luz do mundo” completou a expressão dizendo: “quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (João 8:12). Observe que este versículo indica que há dois tipos de pessoas, as que andam na luz, porque seguem a Jesus e, portanto, terão a luz da vida e os que não seguem a Jesus e andam nas trevas. 

 

Observe que os que seguem a luz (Jesus) resplandecem diante das pessoas, porque terão a luz da vida em si. Mas, o que significa andar na luz? Significa crer em Jesus e reconhecê-lo como Senhor e Salvador, confiar nEle de todo coração, viver na dependência de sua graça e obedecer a seus mandamentos com amor. 

 

Só Jesus é a única luz que de fato pode transformar aqueles que estão em trevas espirituais revelando salvação eterna aos redimidos que se tornam filhos de Deus. Porém, a ausência dessa luz implica na presença das trevas que estão relacionadas ao medo, ao mal, ao erro e a rebeldia. O caminho das trevas são o oposto a Deus, na realidade o mundo em trevas é um verdadeiro caos. Por essa razão, os filhos de Deus que têm a luz de Cristo em si devem compartilhar essa maravilhosa luz, a fim de alcançar o pecador que ainda está preso nas trevas espirituais. Assim, quem anda com Deus e o obedece anda na Luz do Mundo. “Pois assim o Senhor nos ordenou: Eu fiz de você luz para os gentios, para que você leve a salvação até os confins da terra” (Atos 13:47).

 

Diante do exposto, como ser luz do mundo? Para ser luz do mundo é preciso viver de acordo com os princípios bíblicos de justiça, retidão e amor ao próximo; manter uma boa relação familiar e social; viver com alegria mostrando as pessoas como é bom viver com Jesus; e, buscar as virtudes do Espírito Santo.

 

Por fim, destacamos as palavras do Apóstolo Paulo: “O deus desta era cegou o entendimento dos descrentes, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. Mas não pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo, o Senhor, e a nós como escravos de vocês, por causa de Jesus. Pois Deus, que disse: “Das trevas resplandeça a luz”, ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo” (2 Coríntios 4:4-6). Amém!

 

Lembre-se: Deus é bom; seu amor dura para sempre. 

Qual é a vontade de Jesus para conosco?

 

Está escrito:

“Daquela hora em diante, muitos dos seus discípulos voltaram atrás e deixaram de segui-lo”. João 6:66

 

Jesus ensinava na sinagoga de Cafarnaum e na sua preleção ele foi enfático e confrontou seus discípulos, a tal ponto de muitos deles disserem: “Dura é essa palavra. Quem pode suportá-la?” (João 6:60). Na realidade, muitas pessoas querem seguir a Cristo, porém insistem em permanecer em seus próprios caminhos e fazendo a sua própria vontade. 

 

O contexto dessa narrativa, mostra que muitos discípulos começaram a seguir a Jesus, eles estavam entusiasmados porque viram os sinais milagrosos, comeram os pães e ficaram satisfeitos. Mas, tudo isso aconteceu para que Jesus aos poucos se revelasse como o Messias, o Filho de Deus, a fonte da vida plena, o único caminho, o Pão que sacia a fome existencial. Porém, diante de tanta revelação, muitos deixaram de segui-lo. O fato é que Jesus não obriga ninguém a permanecer com Ele, as pessoas têm a liberdade de seguir a Jesus de coração, por amor, não por obrigação ou por qualquer outro motivo.

 

Todavia, precisamos ter clareza em nosso relacionamento com Deus: cremos ou não em Jesus Cristo? Se sim, quais as consequências de seguir a Cristo? Na verdade, não podemos afirmar que cremos em Cristo e não aceitarmos os Seus imperativos: Sede Santos, Perdoai, Orai, Jejuai, não servir a dois senhores, entre outros de seus ensinamentos.

 

Como seguidores de Cristo estaremos sujeitos a tropeçar e cair, porque ainda permanecemos no mundo, porém sempre existirá a possibilidade de recomeçarmos. Mas, para que isto aconteça, é preciso ter a compreensão de que Cristo nos chamou para fazermos à vontade d’Ele e não a nossa. E qual é a vontade de Jesus para conosco?

 

1.     Que sejamos exemplo – Jesus é o nosso modelo a ser seguido, é o nosso exemplo maior na qual devemos imitar. “Seja um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza” (1Timóteo 4:12). As pessoas saberão que somos cristãos se a nossa conduta for exemplar na ética e no amor. “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros” (João 13:34-35).

2.     Que sejamos resistentes nas tribulações – a vida é dinâmica, temos momentos de calmaria, mas também temos de sofrimentos, mas qualquer que seja a situação, precisamos demonstrar resistência diante da provação, a fim de fortalecer nosso caráter e fé. “Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança. E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu” (Romanos 5:3-5).

3.     Que sejamos Santos – a palavra santo significa “separado” do mundo. “Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença” (Efésios 1:4). Percebe que nós não somos santos por nosso próprio mérito, mas pela graça de Deus, através do sangue de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, no qual fomos resgatados/comprados para Deus, assim “Nele temos a redenção por meio de seu sangue, o perdão dos pecados, de acordo com as riquezas da graça de Deus” (Efésios 1:7). De forma que somos justificados e salvos da ira de Deus para viver em santidade no temor do Senhor. “Amados, visto que temos essas promessas, purifiquemo-nos de tudo o que contamina o corpo e o espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus” (2Coríntios 7:1).

4.     Que sejamos sua testemunha – alcançados por tão imerecida graça temos que nos alegrar no Senhor e testemunhar do seu amor para com aqueles que não conhecem a Deus. “O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus” (Romanos 8:16). Assim, temos uma obrigação por gratidão a Deus pela dádiva espiritual que recebemos e assim, devemos compartilhar o evangelho do reino de Deus a todas as pessoas. “Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1:16).

 

Enfim, Jesus quer de nós adoração e amor. Todos nós fomos alcançados pela graça de Deus para viver em amor, louvar e adorar a Deus, porque “em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos, por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade, para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado” (Efésios 1:5-6).

 

Ele também nos deu o maior mandamento da Bíblia que é amar a Deus sobre todas as coisas. O amor agrada a Deus, mas sem amor, nada do que fazemos tem valor. Somente quando amamos a Deus e vivemos em amor é que podemos fazer a vontade de Jesus em nós.

 

Lembre-se: Deus é bom; seu amor dura para sempre.

Esperança que não se vê

 

Está escrito:

“Porque, na esperança, fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera?” (Romanos 8:24)

 

A nossa reflexão abordará o tema da esperança. Há um ditado popular que diz: “a esperança é a última que morre”, mas a Bíblia diz que Deus é o Deus da esperança (Romanos 15:13) e Ele nunca morre. As pessoas que têm Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas foram salvos na esperança pela fé. 

 

Mas, o que é esperança? Esperança é a expectativa de algo desejado, de algo bom. A esperança é a confiança em Deus que nos ajuda a esperar sem desistir, até que suas promessas se cumpram em nossa vida. A esperança sempre olha para frente com os olhos da fé. E o que é fé? Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos (Hebreus 11:1). Percebe que há uma relação direta entre esperança e fé. Por essa razão, o apóstolo Paulo afirma que “na esperança fomos salvos” (Romanos 8:24), em outras palavras, temos a esperança da salvação em Cristo Jesus por meio da fé que nos garante a vida eterna.

A esperança é importante: é uma parte vital da fé que precisa moldar nossa missão hoje. "Agora permanecem estes três: a fé, a esperança e o amor" (1Coríntios 13:13). A fé é o meio pelo qual nos apropriamos da salvação realizada em Jesus Cristo. O amor é a expressão exterior dessa fé, que marca a vida da comunidade cristã. E a esperança é a expectativa confiante de que o futuro reino de Deus virá. A esperança é uma convicção firme sobre o futuro, uma convicção que dá significado e forma à vida no presente (Richard Bauckham citado por Bartholomew e Goheen, 2017).

 

Assim, Jesus é a fonte de toda esperança que devemos ter. Não podemos depositar esperança no futuro melhor em homens ou no dinheiro ou em qualquer coisa deste mundo. Porque nada pode superar “a esperança que lhes está reservada nos céus, a respeito do qual vocês ouviram por meio da palavra da verdade, o evangelho” (Colossenses 1:5). E o que está reservado nos céus para nós? “uma herança que jamais poderá perecer, macular-se ou perder o seu valor. Herança guardada nos céus para vocês que, mediante a fé, são protegidos pelo poder de Deus” (1Pedro 1:4-5). Embora a esperança seja uma atitude dos crentes, o objeto desta esperança é Cristo Jesus, o Senhor.

 

E qual o principal objetivo da esperança? A vida eterna e isso só é possível em Jesus Cristo: “Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna” (João 6:47). Logo, a esperança é algo tão significativo que nos dá:

1.     Estabilidade – em Jesus temos segurança, firmeza, equilíbrio e a certeza de que seus propósitos são imutáveis. “Querendo mostrar de forma bem clara a natureza imutável do seu propósito para com os herdeiros da promessa, Deus o confirmou com juramento, para que, por meio de duas coisas imutáveis nas quais é impossível que Deus minta, sejamos firmemente encorajados, nós, que nos refugiamos nele para tomar posse da esperança a nós proposta” (Hebreus 6:17-18).

2.     Confiança – precisamos ter crença firme nas promessas de Deus que nos assegura bênçãos sem medidas em Cristo Jesus aqui e no porvir. “Portanto, visto que temos tal esperança, mostramos muita confiança” (2Coríntios 3:12).

3.     Direção – não estamos à deriva, temos um rumo, uma orientação, um caminho a seguir olhando para cruz e a ressurreição de Cristo. Essa é a direção, “desde que continuem alicerçados e firmes na fé, sem se afastarem da esperança do evangelho, que vocês ouviram e que tem sido proclamado a todos os que estão debaixo do céu” (Colossenses 1:23).

4.     Significado – nós temos um valor significativo para Deus, porque fomos comprados por um preço incalculável, o sangue do Cordeiro. Agora a nossa vida tem significado, um sentido, não estamos à toa no mundo, somos de Cristo, cidadãos do céu. Assim sendo, “santifiquem Cristo como Senhor em seu coração. Estejam sempre preparados para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês” (1Pedro 3:15).

5.     Entusiasmo – cientes da esperança que temos, devemos demonstrar forte interesse nas causas do reino de Deus e na expansão do Evangelho da graça e o Deus da esperança nos fortalecerá, através do seu Espírito Santo. “Tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4:13).

 

É importante ressaltar que a palavra de Deus nos convida a uma atitude de esperança, de oração e de compromisso com a vida revelada em Cristo Jesus. A esperança demanda confiança: “Digo a mim mesmo: A minha porção é o SENHOR; portanto, nele porei a minha esperança. O SENHOR é bom para com aqueles cuja esperança está nele, para com aqueles que o buscam; é bom esperar tranquilo pela salvação do SENHOR” (Lamentações 3:24-26).

Portanto, é preciso esperar e confiar naquele que “faz novas todas as coisas” (Apocalipse 25:5), porque na esperança fomos salvos. Assim, todo crente tem um motivo para se alegrar nesta esperança que conduz com segurança a vida eterna que tem em Cristo. Por enquanto, vivemos uma atitude de esperar pelo futuro estado de adoção. Saiba que a esperança que não se vê é uma força muito poderosa para quem tem esperança em Deus, ela traz alegria, por isso não precisamos ter medo do futuro. 

 

Deus em seu infinito amor por nós, seus filhinhos, tem muitas coisas boas preparadas e isso é motivo de alegria. Por isso, tenha paciência e saiba esperar as promessas de Deus se cumprirem em sua vida e não desista. Deus promete dar forças para você superar os desafios. Tenha sua esperança em Deus e Ele vai mudar a sua vida.

 

Lembre-se: Deus é bom; seu amor dura para sempre.

Referência: 

BARTHOLOMEW, CRAIG G. O drama das Escrituras: encontrando o nosso lugar na história bíblica. São Paulo: Vida Nova, 2017. 288p.