domingo, 30 de abril de 2023

O bem e o mal como evidências do relacionamento com Deus


 

Está escrito:

“Amado, não imite o que é mau, mas sim o que é bom. Aquele que faz o bem é de Deus; aquele que faz o mal não viu a Deus” (3 João 1:11).

 

O texto de João nos coloca no limiar entre o bem e o mal, e ao mesmo tempo, nos faz um alerta sobre as más influências que podem surgir ao longo da nossa vida ou no meio social em que estamos inseridos. O autor adverte que aquele que faz o mal não tem parte com Deus, mas aquele que faz o bem pertence a Deus. Isso sugere que as ações de uma pessoa são claramente uma evidência do seu verdadeiro relacionamento com Deus.

 

Perceba que João enfatiza sobre o que a pessoa está fazendo. Ter conhecimento a respeito de Jesus Cristo não salva ninguém, mas é segui-lo como seu Senhor que é que evidencia a salvação. Não é pronunciar o Credo dos Apóstolos que o salvará. É o que você anda fazendo, se você faz o bem, então você é de Deus, do contrário, se você insiste em continuar fazendo o que é mal, lamentavelmente você ainda não conhece a Deus.

 

Esse versículo destaca a importância de discernir cuidadosamente quem são nossos companheiros de fé e de nos afastarmos de pessoas que promovem ações contrárias aos ensinamentos cristãos. Ao mesmo tempo, ele nos encoraja a buscar ativamente a bondade e a fazer o bem, a fim de fortalecer nossa comunidade e testemunhar o amor de Deus ao nosso redor.

 

A expressão “não imite o que é mau”, significa que devemos evitar copiar ou reproduzir comportamentos, atitudes ou ações que são considerados prejudiciais, imorais, ilegais ou desrespeitosos. Isso inclui evitar seguir exemplos negativos de outras pessoas, ou seja, não se espelhar em alguém que não é um bom modelo a ser seguido.

 

Esse ensinamento tem uma forte relação com o conceito de moralidade e ética, pois sugere que devemos agir com integridade, justiça e bondade em nossas vidas, e não permitir que os maus exemplos dos outros influenciem nossas escolhas e ações. Isso também implica que devemos ser seletivos com as pessoas com as quais nos associamos e com as quais nos inspiramos. Logo, devemos buscar o que é certo e evitarmos o que é errado, para vivermos de maneira saudável e positiva.

 

Por outro lado, a expressão “o que é bom”, no contexto do versículo 11, significa que devemos seguir o exemplo de pessoas que demonstram comportamentos, atitudes e ações positivas e admiráveis. Essa frase sugere que podemos aprender com aqueles que são bons exemplos e, assim, tornar-nos melhores também. Disse Jesus: “aprendam de mim” (Mateus 11:29). O irmão Paulo afirmou: “Tornem-se meus imitadores, como eu sou de Cristo” (1Coríntios 11:1), só para citar os bons exemplos a serem imitados.

 

Todavia, gostaria de aprofundar um pouco mais essa reflexão, quanto a expressão “aquele que faz o bem é de Deus”, que tem implicações teológicas significativas. Ela sugere que a natureza e a qualidade das ações de uma pessoa podem ser um sinal revelador do seu relacionamento com Deus.

 

A crença subjacente a essa afirmação é que Deus é a fonte última do bem e que aqueles que se relacionam com ele são chamados a imitar sua bondade e justiça. Essa ideia é apoiada por muitas passagens bíblicas, como Romanos 12:21, que afirma: “Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem”.

 

Além disso, a expressão sugere que fazer o bem é um critério importante para determinar quem é verdadeiramente um seguidor de Deus. De acordo com essa visão, aqueles que realmente pertencem a Deus serão identificados por suas ações, que refletem seu compromisso em obedecer aos seus ensinamentos e buscar sua vontade.

 

No entanto, é importante ressaltar que fazer o bem não é uma forma de alcançar a salvação ou a aprovação de Deus. A salvação é um dom gratuito de Deus, concedido por meio da fé em Jesus Cristo (Efésios 2:8-9). Em vez disso, fazer o bem é uma resposta natural e esperada à salvação, uma forma de expressar gratidão e amor a Deus.

 

Logo, essa expressão enfatiza a importância de viver uma vida de virtude e retidão, e de demonstrar os frutos de um coração transformado por Deus e que está em comunhão com Ele e crescendo em sua semelhança com Cristo.

 

Do contrário, a expressão “aquele que faz o mal não viu a Deus”, sugere que aqueles que praticam o mal estão afastados de Deus e não experimentaram uma verdadeira comunhão com Ele. A base teológica para essa afirmação está na crença de que Deus é santo e justo, e que o pecado e a maldade são contrários à sua natureza. Aqueles que praticam o mal são considerados inimigos de Deus e estão em rebelião contra a sua vontade.

 

Essa compreensão é apoiada por muitas passagens bíblicas, como Provérbios 15:9, que afirma: “O Senhor detesta o caminho dos ímpios, mas ama quem busca a justiça”. Da mesma forma, 1 João 1:6-7 diz: “Se afirmarmos que temos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Se, porém, e andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado”. 

 

Por fim, quero destacar a importância de viver uma vida de santidade e justiça e de evitar o mal e o pecado. Quando agimos assim, estamos evidenciando nosso relacionamento com Deus.

 

Lembre-se: Deus é bom; seu amor dura para sempre.

domingo, 23 de abril de 2023

É hora de parar


 

Está escrito:

“Parem de lutar! Saibam que eu sou Deus! Serei exaltado entre as nações, serei exaltado na terra” (Salmos 46:10).

 

Vivemos no mundo com intensa agitação e a cada dia somos envolvidos nessa frenética roda viva. Parece que as 24 horas do dia são insuficientes para darmos conta das inúmeras atividades. As pessoas andam estressadas por conta da agitação, da correria do dia a dia. As vezes temos até a impressão de que a terra está girando mais rápido, porque o tempo está passando muito veloz. O ano mau começou e já estamos terminando abril. Ufa! É hora de parar.

 

O versículo que diz: “Parem de lutar! Saibam que eu sou Deus”, entre outras interpretações, significa que não devemos andar aterrorizado com a correria da vida, mas devemos reconhecer a soberania do Senhor sobre nossa vida. Conhecer a Deus e por sua fé na Sua providência é motivo de paz para os crentes. 

 

Perceba que na frase há duas ordenanças. A primeira é: “Parem de lutar”, isso não significa que devemos ficar prostados ou deitados numa rede e deixemos que Deus faça nosso trabalho. Em outra versão da Bíblia, se usa o termo “Aquietai-vos”, que no hebraico transmite a ideia de “relaxar”, “sossegar”, “se retirar” ou “parar de lutar”. Essa é uma declaração que indica o cuidado de Deus para conosco. O nosso Deus é um Deus zeloso que preserva seus filhos de sucumbir diante das adversidades e revela que a nossa vitória não deve depender da nossa força, mas da ação do Senhor. Daí, o segundo ordenamento: “Saibam que eu sou Deus”. 

 

É hora de parar! Não faz sentido correr tanto na vida, se os benefícios são temporários, a vida é curta e somos limitados porque temos fragilidades físicas, emocionais e espirituais. A expressão do Salmo 46:10 é um aviso de que o sucesso não depende de nossa habilidade e força, que não adianta se desesperar em busca de um objetivo, quando temos o favor do Deus Todo-Poderoso que nos diz: “Parem de lutar! Saibam que eu sou Deus”. Então, cabe a nós apenas nos aquietar e descansar de nossas preocupações na presença protetora do Senhor.

 

Dizendo assim para ser fácil, porque somos pessoas impacientes e gostamos de fazer nossos planos e executá-los à nossa maneira. Gostamos de pensar que temos o controle, quer seja do tempo, das estações e das ocasiões da vida. Somos imediatistas e sempre lutamos com toda garra para realizar nossos desejos aqui e agora. É a nossa loucura que as vezes podem levar a ansiedade em alto nível gerando estresse e suas consequências na saúde física e mental. Tudo é pura ilusão.

 

Parem de lutar! Deus é Deus e nossa alma deve se aquietar diante dessa verdade. Ao invés de entrar nessa roda viva, nesse corre-corre do dia a dia, devemos abraçar a quietude que há no conforto do refúgio da providência divina. Não sejamos inquietos, mas sejamos pessoas resignadas a vontade de Deus que faz o que quer, quando quer e a quem quer.

 

Saiba que Deus é imutável em sua natureza, propósitos e promessas. Ele tem todo o poder para cuidar e socorrer aqueles que são seus, independentemente da situação. Isso é mais que suficiente para nós pararmos de lutar com nossas forças, mas também há outros motivos do porquê devemos parar:

1.     Porque Deus é o nosso socorro bem presente – Deus é a nossa defesa e proteção. Através da Sua palavra permanecemos seguros. “Deus é nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia” (Salmos 46:1).

2.     Porque em Deus podemos confiar e não temer – diante de todas as adversidades possíveis imagináveis e inimagináveis podemos confiar em Deus, pois Ele é refúgio e nada está fora do Seu controle. “Por isso, não temeremos, ainda que a terra trema e os montes afundem nas profundezas do mar; ainda que as águas venham a rugir e espumar, ainda que os montes estremeçam na sua fúria” (Salmos 46:2-3).

3.     Porque Deus é um Deus presente – o Espírito Santo de Deus habita em nós, Ele faz morada em nosso coração, por isso não devemos viver de forma incoerente com a Palavra de Deus e se deixar dominar pela falta de clareza que as vezes ocupa nossa mente com pensamentos do que vai acontecer no futuro e o sofrimento presente tentando nos inquietar, são coisas que fazem a dúvida ocupar o lugar da fé em nosso coração. “Há um rio cujas corrente alegram a cidade de Deus, o lugar santo das moradas do Altíssimo” (Salmos 46:4). Creia no Senhor, Ele está em você, deposite toda sua esperança nEle, esse é o caminho para vencer a dificuldade e nos direcionar para uma vida extraordinária no Senhor.

4.     Porque Deus está no controle – em nossa vida somos assolados por muitas lutas, angústias, dificuldades e até situações que fogem do nosso controle, mas ainda assim, o Senhor está conosco. Podemos crer na Palavra que diz: “O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é a nossa torre segura” (Salmos 46:11).

 

Por fim, o “Parem de lutar” que o salmista menciona nos remete a ter a consciência de que mesmo que passemos por momentos difíceis, Deus está a nos dizer: “Eu sou Deus”, Ele é nosso “refúgio” e “socorro bem presente”, daí neste salmo se repetir a três vezes a expressão: “Deus está conosco”. Esse é o motivo que nos permite entender que é hora de parar e deixar de correr de um lado para o outro, tentando resolver os problemas do nosso modo. Deixe Deus agir em sua vida, separe um tempo para Ele, converse com Ele, leia Suas promessas escritas na Bíblia e medite nelas.

 

Lembre-se: Deem graças ao SENHOR porque Ele é bom e seu amor dura para sempre.

domingo, 16 de abril de 2023

O poder transformador do perdão


 

Está escrito:

“Então, ajoelhou-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras, adormeceu” Atos 7:60

 

Na perspectiva bíblica, o perdão é uma atitude de graça e misericórdia que uma pessoa concede a outra após ter sido ofendida ou ferida por ela. A Bíblia ensina que Deus é misericordioso e perdoador, e que Ele espera que Seus filhos sejam também misericordiosos e perdoadores uns com os outros.

 

Aliás, o perdão é um tema recorrente na Bíblia, desde o Antigo Testamento até o Novo Testamento. No Antigo Testamento, Deus perdoa os pecados dos israelitas quando eles se arrependem e voltam-se para Ele. No Novo Testamento, Jesus Cristo ensina que o perdão é uma parte essencial da vida cristã e que devemos perdoar aqueles que nos ofendem, assim como Deus nos perdoou.

 

O texto que lemos acima, mostra o exemplo notável de perdão de Estêvão. Ele foi um dos primeiros diáconos da igreja primitiva e um proeminente líder cristão em Jerusalém. Em Atos 7, Estêvão faz um discurso eloquente para os líderes religiosos judeus, mas acaba sendo apedrejado até a morte por eles, em virtude da sua fé.

 

Mas, o que me impressiona nesse relato bíblico, é que Estêvão, mesmo sendo vítima de uma grande injustiça e brutalidade por uma multidão enfurecida, que o acusava de blasfêmia contra Deus e contra Moisés, ele não respondeu com ódio ou vingança. Em vez disso, ele orou por seus agressores, enquanto eles o apedrejavam, dizendo: “Senhor, não lhes imputes este pecado” (Atos 7:60).

 

O termo “imputar” significa “atribuir” ou “colocar a responsabilidade por algo em alguém”. Nesse contexto, Estêvão estava pedindo a Deus para não responsabilizar seus agressores pela sua morte. Ele estava pedindo a Deus para mostrar misericórdia e perdão para eles, em vez de puni-los pelo que eles fizeram.

 

Essa oração de Estêvão é um exemplo de perdão incondicional e de amor incondicional. Ele escolheu perdoar aqueles que o estavam matando, mostrando que o perdão é possível mesmo em circunstâncias extremas de sofrimento e injustiça. Ele escolheu não retribuir o mal com o mal, mas em vez disso demonstrou a graça e o amor de Deus ao orar pelos seus agressores. Além do mais, ele estava seguindo o exemplo de Jesus Cristo, que também pediu ao Pai para perdoar seus agressores enquanto Ele estava sendo crucificado na cruz (Lucas 23:34).

 

Perceba que o exemplo de Estêvão mostra que o perdão é uma escolha consciente, que requer uma decisão firme de renunciar ao desejo de vingança e escolher a paz e a reconciliação. É uma escolha fácil? De forma nenhuma, é uma escolha difícil, mas que pode trazer uma libertação emocional e espiritual tanto para o ofendido quanto para o ofensor.

 

Em Mateus 18:21-22, Pedro pergunta a Jesus: “Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?” Jesus respondeu: “Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete”. Ou seja, o perdão deve ser dado sem limites. 

 

Além disso, o perdão também está relacionado à liberdade. Quando perdoamos alguém, estamos libertando a nós mesmos do ressentimento e da amargura que nos prendem ao passado. É por isso que Jesus diz em Mateus 6:14-15: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas”. 

 

No exemplo de Estêvão aprendemos pelo menos três pontos importantes:

1.     Ele orou por seus ofensores – “Senhor, não lhes imputes esse pecado!” Estêvão foi acusado injustamente, mas não murmurou, não se queixou, não ficou com raiva. Pelo contrário, ele disse: “Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus” (Atos7:56).

2.     Ele tinha paz no coração – quando temos a consciência limpa e a graça de Deus em nós temos paz e somos capazes de perdoar. Mas, quem não consegue perdoar é porque não tem paz no seu coração e fica relembrando com palavras ou atitudes o que sofreu por seus ofensores. Ora, sabendo que os nossos pecados foram perdoados por Deus, isso nos enche de uma paz que vai além da compreensão humana. (2Tessalonicenses 3:16)

3.     Ele demonstrou força através do perdão – para perdoar, é preciso ser muito forte, não é para os fracos na fé. Estêvão tinha essa força e o seu testemunho de boas obras era uma marca na sua vida. (Atos 6:8).

 

E você, consegue perdoar? Será que você passou por uma situação de injustiça ou acusação caluniosa e não está conseguindo perdoar? Ore a Deus, peça ajuda ao Seu Espírito para liberar perdão. O exemplo de perdão de Estêvão nos inspira a buscar a graça de Deus para perdoar aqueles que nos feriram, mesmo quando parece impossível. E nos lembra que o perdão é um ato de amor e liberdade, que pode transformar nossas vidas e relacionamentos.

 

Lembre-se: Deus é bom; seu amor dura para sempre.

domingo, 9 de abril de 2023

No tempo certo de Deus: confiando no propósito divino

 

Está escrito:

“...No tempo certo, eu, o SENHOR, farei isso acontecer” (Isaías 60:22)

 

O versículo 22 do capítulo 60 do livro de Isaías, escrito a cerca de 2.700 anos, expressa uma verdade que o tempo não apaga, mas se cumpre por Ele até nos dias de hoje. Essa ideia está intimamente relacionada à Teologia da Providência, que afirma que Deus está no controle de todas as coisas e age de acordo com seus planos e propósitos.

 

Nessa perspectiva teológica, a expressão “No tempo certo, eu, o SENHOR, farei isso acontecer” significa que Deus tem um plano perfeito e estabelecido para a realização de suas promessas. Ele não age de forma aleatória ou imprevisível, mas age de maneira ordenada e sistemática, de acordo com a Sua vontade e Seus propósitos.

 

Essa ideia também está relacionada à soberania de Deus, que é um dos principais temas da Teologia Bíblica. A soberania de Deus significa que Ele é o governante supremo do universo e tem poder absoluto sobre todas as coisas. Por isso, Ele pode determinar o tempo e a forma como suas promessas serão cumpridas. Então, tire essa ansiedade do teu coração, pois Deus vai agir em sua vida.

 

No momento certo, Deus fará acontecer aquilo de que precisamos. Eu sei que é difícil aceitarmos a sala de espera de Deus, porque isso exige de nós paciência e perseverança na turbulência mais difícil da vida. Nós, costumeiramente, somos imediatistas, queremos que tudo se resolva instantaneamente, sempre estamos com pressa de que algo aconteça, mas Deus não está. Você vê o tempo passar e nada se resolvendo em sua vida. É uma sensação desesperadora! 

 

Amado(a), Deus não está sujeito ao tempo, porque Ele criou o tempo, logo Ele opera fora do tempo. “De fato, mil anos para ti são como o dia de ontem que passou, como as horas da noite” (Salmos 90:4). Deus nos ama tanto que Ele usa o tempo para fortalecer a nossa fé e construir nosso caráter. Deus está trabalhando, embora não percebamos e, muitas vezes não entendemos seus propósitos, mas creia que Deus tem interesse pelos seus filhinhos.

 

Deus nunca se atrasa para cumprir seus desígnios. Isaías 49:8 diz: “No tempo favorável eu responderei a você e no dia da salvação eu o ajudarei”. Precisamos ter em mente que o tempo de Deus é diferente do nosso e que Ele age na hora certa, conforme Habacuque 2:3, “pois a visão aguarda um tempo designado; ela fala do fim e não falhará. Ainda que demore, espere-a; porque ela certamente virá e não se atrasará”. 

 

Saiba que o tempo de Deus é um conceito teológico que se refere ao modo como Deus lida com o tempo. A Bíblia afirma que Deus é eterno, ou seja, Ele existe fora do tempo e é atemporal. Porém, Ele age dentro do tempo, em nossa realidade temporal e Seus propósitos são realizados em um determinado tempo e ordem. De forma que, precisamos nos adequar ao tempo de Deus em nossa vida. Então, está demorando? Não se desespere e tome as seguintes atitudes:

1.     Busque fazer a vontade de Deus – a primeira e mais importante atitude é buscar a vontade de Deus para sua vida. Isso pode ser feito através da oração e da leitura da Bíblia. É importante que o cristão se aproxime de Deus e peça orientação para saber qual é o propósito que Ele tem para sua vida. “A vontade de Deus é que vocês sejam santificados” (1Tessalonicenses 4:3).

2.     Espere com paciência – sabendo que o tempo de Deus é diferente do tempo humano, é fundamental que o cristão aprenda a esperar com paciência pelo cumprimento das bênçãos de Deus. Isso não significa ficar parado, mas sim continuar buscando e trabalhando em prol do seu propósito. “Esperei com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor” (Salmos 40:1).

3.     Confie em Deus – é imprescindível que o cristão confie em Deus e na Sua providência, sabendo que Ele é fiel e cumprirá as Suas promessas no tempo certo. Isso ajuda a manter a esperança e a fé, mesmo em momentos difíceis. “Em Deus louvarei a sua palavra; em Deus pus a minha confiança e não temerei” (Salmos 56:4).

4.     Aja com humildade – é importante que o cristão seja humilde e reconheça que nem sempre sabe qual é o melhor caminho para sua vida. É preciso confiar em Deus e se submeter à sua vontade, mesmo que isso signifique renunciar a seus próprios planos. “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente” (Filipenses 2:3).

 

Finalmente, devemos nos adequar ao tempo de Deus, buscando fazer a Sua vontade, esperando com paciência, confiando em Deus, sendo humilde e buscando o crescimento espiritual. Essas atitudes ajudam o cristão a estar em sintonia com a ação de Deus em sua vida e a viver de acordo com os propósitos divinos, como diz o salmista: “Tu, ó SENHOR Deus, és tudo o que tenho. O meu futuro está nas tuas mãos; tu diriges a minha vida” (Salmos 16:5).

 

Lembre-se: Deus é bom; seu amor dura para sempre

domingo, 2 de abril de 2023

Alegria plena em Deus: a alegria do Senhor transforma a vida


 

Está escrito:

“Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: Alegrem-se!” (Filipenses 4:4)

 

“Alegrem-se sempre no Senhor”, teologicamente, essa expressão significa que a alegria dos cristãos deve estar fundamentada em Deus e na sua presença em suas vidas. Sendo assim, a sua vida tem alegria? É verdade que vivemos em um mundo cheio de problemas, sofrimentos e ansiedades, de forma que essa pergunta deve ter uma resposta difícil. A questão é como a gente pode ter uma vida alegre se tudo a nossa volta está desmoronando? 

 

Amado, o irmão Paulo escreveu a carta aos Filipenses enquanto estava preso na masmorra em Roma, e mesmo em meio às dificuldades que enfrentava, ele enfatizou a importância da alegria cristã. Ele sabia que a alegria não deveria ser apenas um sentimento temporário, baseado nas circunstâncias atuais, mas sim um estado constante de espírito que vem da certeza da salvação em Cristo e da presença do Espírito Santo na vida do crente.

 

O fato é que as turbulências da vida podem ser difíceis, sem esperança em vista, mas saiba que Deus está no controle. Para quem ama Jesus, há sempre esperança. Todos nós passamos por tempos de tristeza e dor. Mas, tenha a certeza de que em Jesus, esses tempos não duram para sempre. Ponha os olhos da fé em Jesus e ao fazê-lo encontramos a alegria de Deus, que é mais poderosa que qualquer dificuldade da vida.

 

Pense comigo, se compararmos os problemas da nossa vida com aquilo que Jesus fez por nós, descobriremos que a alegria da salvação e da vida eterna superam toda a tristeza. Porém, mesmo estando tristes, podemos ter confiança que a alegria de Deus nos preenche e nos fortalece. Além disso, ninguém poderá permanentemente tirar essa alegria de nós.

 

A alegria do cristão não deve depender das circunstâncias externas, mas sim da sua relação com Deus. O mundo tenta nos convencer que a alegria está no dinheiro, na fama, no sucesso, na família, nos bens materiais e outros, mas nada disso produz a verdadeira alegria, porque tudo isso um dia acaba, mas a alegria de Deus não tem fim.

 

Na perspectiva teológica, devemos nos alegrar no Senhor porque a alegria em Deus é uma resposta natural e adequada à salvação que recebemos em Jesus Cristo. A alegria em Deus é uma consequência da fé em Cristo e da obra do Espírito Santo em nossas vidas. Diante disto, há diversas razões para nos alegrarmos no Senhor, tais como:

1.     A salvação: a alegria em Deus surge da compreensão de que, por meio da morte e ressurreição de Jesus Cristo, somos salvos e temos vida eterna, “porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). Este versículo resume a essência do evangelho e da mensagem de salvação em Jesus Cristo.

2.     A presença de Deus: a alegria em Deus surge da percepção de que Deus está presente em nossa vida e que ele nos ama, cuida de nós e está no controle. Assim, “mesmo quando eu andar por um vale de trevas e morte, não temerei perigo algum, pois tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me protegem” (Salmo 23:4). Este salmo é uma expressão de confiança na presença de Deus em todas as circunstâncias da vida.

3.     O perdão: a alegria em Deus surge da compreensão de que Deus nos perdoou e nos aceita mesmo quando falhamos e somos infiéis. Mas, “se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (1João 1:9). Este versículo nos ensina que, se confessarmos os nossos pecados a Deus e nos arrependermos deles, Ele é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar de toda a injustiça. O perdão de Deus é uma expressão de sua graça e misericórdia para conosco, apesar de nossas falhas e fraquezas. Além disso, esse texto nos encoraja a ser sinceros e humildes diante de Deus, reconhecendo nossas limitações e buscando o seu perdão. Ele nos lembra que o perdão é uma parte essencial da vida cristã, e que devemos perdoar também aqueles que nos ofendem, assim como fomos perdoados por Deus.

4.     A paz interiora alegria em Deus surge da paz interior que vem quando confiamos em Deus e entregamos a nossa vida a Ele. Por isso, “não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus” (Filipenses 4:6-7). Esse texto nos ensina que a paz interior vem de Deus, e que podemos alcançá-la por meio da oração e da confiança nEle. Ele nos encoraja a não nos preocuparmos com as coisas deste mundo, mas a entregarmos nossos pedidos e preocupações a Deus em oração, agradecendo por tudo o que Ele tem feito por nós. E quando fazemos isso, a paz de Deus nos guarda e nos protege, transcendendo nossa compreensão humana.

 

Por fim, a alegria de Deus nos ajuda a manter o foco nas coisas eternas e a superar as aflições desta vida. Quando nos alegramos no Senhor, reconhecemos que a nossa vida não se resume às coisas deste mundo, mas temos uma esperança viva em Cristo e na vida eterna que ele nos oferece. Essa alegria nos dá força para enfrentar as dificuldades e nos mantém firmes na fé.

 

Lembre-se: Deus é bom; seu amor dura para sempre