domingo, 30 de abril de 2023

O bem e o mal como evidências do relacionamento com Deus


 

Está escrito:

“Amado, não imite o que é mau, mas sim o que é bom. Aquele que faz o bem é de Deus; aquele que faz o mal não viu a Deus” (3 João 1:11).

 

O texto de João nos coloca no limiar entre o bem e o mal, e ao mesmo tempo, nos faz um alerta sobre as más influências que podem surgir ao longo da nossa vida ou no meio social em que estamos inseridos. O autor adverte que aquele que faz o mal não tem parte com Deus, mas aquele que faz o bem pertence a Deus. Isso sugere que as ações de uma pessoa são claramente uma evidência do seu verdadeiro relacionamento com Deus.

 

Perceba que João enfatiza sobre o que a pessoa está fazendo. Ter conhecimento a respeito de Jesus Cristo não salva ninguém, mas é segui-lo como seu Senhor que é que evidencia a salvação. Não é pronunciar o Credo dos Apóstolos que o salvará. É o que você anda fazendo, se você faz o bem, então você é de Deus, do contrário, se você insiste em continuar fazendo o que é mal, lamentavelmente você ainda não conhece a Deus.

 

Esse versículo destaca a importância de discernir cuidadosamente quem são nossos companheiros de fé e de nos afastarmos de pessoas que promovem ações contrárias aos ensinamentos cristãos. Ao mesmo tempo, ele nos encoraja a buscar ativamente a bondade e a fazer o bem, a fim de fortalecer nossa comunidade e testemunhar o amor de Deus ao nosso redor.

 

A expressão “não imite o que é mau”, significa que devemos evitar copiar ou reproduzir comportamentos, atitudes ou ações que são considerados prejudiciais, imorais, ilegais ou desrespeitosos. Isso inclui evitar seguir exemplos negativos de outras pessoas, ou seja, não se espelhar em alguém que não é um bom modelo a ser seguido.

 

Esse ensinamento tem uma forte relação com o conceito de moralidade e ética, pois sugere que devemos agir com integridade, justiça e bondade em nossas vidas, e não permitir que os maus exemplos dos outros influenciem nossas escolhas e ações. Isso também implica que devemos ser seletivos com as pessoas com as quais nos associamos e com as quais nos inspiramos. Logo, devemos buscar o que é certo e evitarmos o que é errado, para vivermos de maneira saudável e positiva.

 

Por outro lado, a expressão “o que é bom”, no contexto do versículo 11, significa que devemos seguir o exemplo de pessoas que demonstram comportamentos, atitudes e ações positivas e admiráveis. Essa frase sugere que podemos aprender com aqueles que são bons exemplos e, assim, tornar-nos melhores também. Disse Jesus: “aprendam de mim” (Mateus 11:29). O irmão Paulo afirmou: “Tornem-se meus imitadores, como eu sou de Cristo” (1Coríntios 11:1), só para citar os bons exemplos a serem imitados.

 

Todavia, gostaria de aprofundar um pouco mais essa reflexão, quanto a expressão “aquele que faz o bem é de Deus”, que tem implicações teológicas significativas. Ela sugere que a natureza e a qualidade das ações de uma pessoa podem ser um sinal revelador do seu relacionamento com Deus.

 

A crença subjacente a essa afirmação é que Deus é a fonte última do bem e que aqueles que se relacionam com ele são chamados a imitar sua bondade e justiça. Essa ideia é apoiada por muitas passagens bíblicas, como Romanos 12:21, que afirma: “Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem”.

 

Além disso, a expressão sugere que fazer o bem é um critério importante para determinar quem é verdadeiramente um seguidor de Deus. De acordo com essa visão, aqueles que realmente pertencem a Deus serão identificados por suas ações, que refletem seu compromisso em obedecer aos seus ensinamentos e buscar sua vontade.

 

No entanto, é importante ressaltar que fazer o bem não é uma forma de alcançar a salvação ou a aprovação de Deus. A salvação é um dom gratuito de Deus, concedido por meio da fé em Jesus Cristo (Efésios 2:8-9). Em vez disso, fazer o bem é uma resposta natural e esperada à salvação, uma forma de expressar gratidão e amor a Deus.

 

Logo, essa expressão enfatiza a importância de viver uma vida de virtude e retidão, e de demonstrar os frutos de um coração transformado por Deus e que está em comunhão com Ele e crescendo em sua semelhança com Cristo.

 

Do contrário, a expressão “aquele que faz o mal não viu a Deus”, sugere que aqueles que praticam o mal estão afastados de Deus e não experimentaram uma verdadeira comunhão com Ele. A base teológica para essa afirmação está na crença de que Deus é santo e justo, e que o pecado e a maldade são contrários à sua natureza. Aqueles que praticam o mal são considerados inimigos de Deus e estão em rebelião contra a sua vontade.

 

Essa compreensão é apoiada por muitas passagens bíblicas, como Provérbios 15:9, que afirma: “O Senhor detesta o caminho dos ímpios, mas ama quem busca a justiça”. Da mesma forma, 1 João 1:6-7 diz: “Se afirmarmos que temos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Se, porém, e andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado”. 

 

Por fim, quero destacar a importância de viver uma vida de santidade e justiça e de evitar o mal e o pecado. Quando agimos assim, estamos evidenciando nosso relacionamento com Deus.

 

Lembre-se: Deus é bom; seu amor dura para sempre.

3 comentários:

Anônimo disse...

Gostei de ver o que tanto mim pergunto.

Anônimo disse...

"Livra nos do mal" como orou o Senhor Jesus.

Saemmy Albuquerque disse...

Glória a Deus!
Deus é bom em todo tempo.