terça-feira, 7 de abril de 2009

Crise gera falta de ética

Nos últimos meses, o mundo tem vivido uma onda de crise que tem afetado as grandes economias dos países ricos e industrializados atingindo também os países emergentes, a exemplo do Brasil. Nessa efervescência, uma questão nos leva a reflexão: Será que existe ética no contexto da crise? Na verdade, o que se observa são inúmeras demissões de trabalhadores, redução de custos, novos financiamentos ou créditos para alavancar as empresas e o mercado especulativo das bolsas de valores e dos bancos.
Me parece que as empresas estão aproveitando o momento da crise para reduzir o quantitativo de pessoal. Afinal de contas, o trabalhador sempre paga o preço da crise. Por outro lado, os governantes não estão agindo eticamente correto, porque deveriam dar exemplo de austeridade e competência. 
Ampliando essa discussão, não tenho dúvidas que a crise gera falta de ética, cada um busca seu escape, não importa o que possa acontecer. É assim que acontece com os empresários, os especuladores do mercado financeiro e até os trabalhadores. Desse modo, como podemos almejar a superação da crise quando ninguém estar disposto a manter uma postura eticamente correta?
Claro que não devemos generalizar, existem profissionais comprometidos, preocupados com a organização onde trabalha, empresários que se preocupam com a relevância social da sua empresa e que, acima de tudo, respeitam as leis e as pessoas. Mas, a maioria não está nem aí com o que possa acontecer, elas querem passar por cima da crise e de todos.
Assim, em meio a uma das piores crises econômicas dos últimos tempos, que já fez milhões de desempregados em todo mundo, é inconcebível que os poderosos se aproveitem da situação e ajam de forma a tirar proveito da crise prejudicando os mais fracos. Isso não é eticamente correto. É preciso que a sociedade reflita sobre essas questões, do ponto de vista ético e do equilíbrio, porque somente com ações comprometidas com o coletivo poderemos unir forças para vencermos a crise. O mundo precisa mudar, mas de forma eticamente sustentável.

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