quarta-feira, 24 de junho de 2009

João Batista, o profeta.

Na cultura nordestina, comemora-se hoje o dia de São João. Essa festa profana é uma homenagem a João Batista que foi um pregador judeu nascido no século I da era Cristã. Sua história se encontra registrada nos quatro Evangelhos da Bíblia. De acordo com a narrativa bíblica João Batista era filho do sacerdote Zacarias e Isabel que era prima de Maria, mãe de Jesus. João foi profeta e precursor do prometido Messias, Jesus Cristo.
A sua fama se espalhou por toda região, ele morava no deserto e batizava nas margens do rio Jordão. Ele batizou muitos judeus, inclusive Jesus. Essa prática passou a ser introduzida no ritual judaico cristão e adaptado mais tarde para o cristianismo ocidental.
João era um homem destemido e corajoso. Ele não temia em falar a verdade com austeridade. João tinha uma missão e procurou cumpri-la com determinação. O seu propósito era pregar o arrependimento aos gentios e admoestar os judeus anunciando o Messias que estabeleceria o Reino de Deus.
Muitos judeus pensavam que o Reino de Deus seria estabelecido na terra por Deus, de forma direta. Porém, outros acreditavam que Deus teria um representante, o Messias, que serviria de intermediário entre Deus e os homens. Nesse sentido, percebemos que os judeus esperavam um reino real e não um reino espiritual como os cristão mais tarde puderam compreender e doutrinar. Por essa razão, Jesus foi negado como o Messias, por parte da maioria do povo Judeu, de forma que a Bíblia afirma que Ele veio para os seus, mas os seus o rejeitaram.
A pregação de João anunciava o Reino de Deus ao alcance das mãos e reunia centenas de pessoas sedentas de palavras que lhes prometessem que o seu jugo estava terminando.
João foi um pregador heróico. Ele pregava ao povo expondo a corrupção de seus líderes e todas as mazelas que praticavam. Ele tinha aspecto rude quando admoestava. Ele não se preocupava em agradar os governantes. Ele pregava mudança, por isso chamou a todos de "raça de víboras".
Era um servo de Deus destemido. O que será que ele diria nos dias de hoje com os nossos políticos, a nossa sociedade e a religiosidade idólatra de fanáticos cristãos?
Certamente, João Batista não aprovaria a festividade em sua homenagem, porque ele tinha consciência de que a Glória e a Honra pertencem a Jesus Cristo, por isso que afirmou ao se referir a Jesus: "É necessário que Ele cresça e que eu diminua... pois não sou digno de, inclinando-me, desatar as correias de suas sandálias.
Sejamos tementes a Deus com João Batista o foi.

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