quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Paixão pelo que faz

Você tem amor ao trabalho que realiza? Sente-se motivado e apaixonado pelo que faz? Quando você está no trabalho perde a noção do tempo e nem se incomoda de trabalhar no final de semana ou fazer hora extra quando solicitado? Se suas respostas foram sim, parabéns você é realmente apaixonado pelo que faz!
Mas, amar a profissão ou o que faz, tem seu lado positivo e negativo. Obviamente, o lado positivo interessa a muito gente, ou seja, dar aquela sensação de ter conquistado seu propósito de trabalhar por algo que vale mais do que o dinheiro. É a realização de um sonho, em que o dinheiro é apenas um  mero coadjuvante e não o objetivo principal. Isso é lindo, é maravilhoso. Todavia, isso tem um preço a pagar. As pessoas que amam o que fazem, geralmente, são incapazes de se negar a fazer algo. É uma paixão que cega e aliena a pessoa. É uma entrega total ao trabalho de corpo e alma, estudando, se aperfeiçoando, subindo os degraus da carreira profissional, podendo até chegar ao topo. 
A vida passa rápido demais e nós nem percebemos. Os filhos cresceram e não houve tempo de levá-los a escola, ensinar-lhes a lição de casa, brincar com eles, conversar. Os amigos ficaram no meio do caminho, a(o) esposa(o) por muitas vezes não teve a sua companhia e uma vida amorosa plena, o trabalho até nos faz esquecer de cuidar da saúde, mas a idade não esquece e os sintomas vão surgindo e comprometendo a qualidade de vida. Tudo isso, porque o amor ao trabalho em excesso tem destruído lentamente a vida do trabalhador e não traz benefícios sustentáveis. O que adianta ganhar honras, dinheiro e perder a vida e os relacionamentos?
Para ser feliz naquilo que faz, é preciso unir talento, competência e prazer. Nada que se faça sem moderação, é prejudicial. A vida profissional deve ser racional, vivida com inteligência e satisfação.

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