domingo, 25 de julho de 2021

Primeiro amor


 

Está escrito:

“Contra você, porém, tenho isto: você abandonou o seu primeiro amor” (Apocalipse 2:4)

 

O primeiro amor na vida da gente é marcante. Quem nunca experimentou o seu primeiro amor! É algo que move o nosso coração de entusiasmo, motivação, fervor e desejo imenso de estar sempre junto. É interessante observar que no contexto bíblico a igreja é comparada a uma noiva e Jesus Cristo a um noivo. Obviamente, que é um sentido figurado, mas que mostra o “primeiro amor”, como sendo um amor puro de uma esposa para com seu esposo.

 

Individualmente, temos uma relação de amor para com Deus, através de Jesus Cristo. Quando nos convertemos o Espírito Santo nos enche do amor de Deus, de tal forma que nos sentimos fervorosos e desejosos de fazer a obra do Senhor, de conhecer mais a Deus, de nos alegrarmos quando nos reuníamos com os irmãos para louvar, adorar e estudar a Palavra de Deus. Erámos dedicados e fiéis ao Senhor e a Igreja. Estávamos apaixonados por Jesus e tínhamos amor por missões. Mas, o que aconteceu para que abandonássemos esse “primeiro amor”? Porque o amor parece ter esfriado, perdido o avivamento espiritual? O que estar causando desânimo no relacionamento com Deus e a Igreja? 

 

Se tais coisas estão acontecendo, isso representa uma queda espiritual e requer de nós arrependimento e mudança de postura: “Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas” (Apocalipse 2:5).

 

Meus amados, vivemos tempos difíceis que corroboram para nos levar a abandonar o primeiro amor ou as primeiras obras dos tempos da nossa conversão. Em relação a isso, podemos observar que:

1.     Não é incomum atualmente esse rompimento: os cristãos individualmente tendem a perder o seu primeiro compromisso com Jesus. Além disso, muitos vivem de uma aparência que não existe na realidade. Há pouco ardor dos novos convertidos e quando ocorre, não passa de uma excitação momentânea de sentimentos que logo desaparece. Quem vive tal situação, “trazem condenação sobre si, por haverem rompido seu primeiro compromisso” (1 Timóteo 5:12).

2.     O amor das pessoas tem esfriado: infelizmente, temos observado que no presente século, as pessoas têm vivido de forma egoísta, tudo deve girar em torno de si mesma, de satisfazer seus próprios desejos. Percebe-se ainda que há falta de generosidade, compaixão, honestidade e ética nos relacionamentos. Tudo isso, atinge não somente os "não crentes" como também os cristãos. Assim, “devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará” (Mateus 24:12).

3.     Deus é fiel e justo independentemente da nossa condição: apesar do esfriamento, do abandono a prática das primeiras obras, Deus nos surpreende em Jesus Cristo nos amando. Isso nos constrange ao saber que mesmo não tendo as mesmas atitudes quando do início da nossa conversão, em que havia um brilho, um calor de sentimentos, uma alegria de emoção, Deus está pronto para reavivar nosso espírito. Deus não é injusto, Ele não esquece de nós, nem de quem erámos outrora, nem do amor que demonstrávamos por Ele (Hebreus 6:10).

 

Ainda há tempo para retornarmos ao “primeiro amor”, as primeiras obras do passado quando nos alegrávamos ao estarmos juntos com os escolhidos de Deus pela graça. E pensar que antes não erámos filhos de Deus, mas pela sua misericórdia e graça nos tornamos da família de Deus, amados, resgatados e incluídos no corpo da igreja de Cristo. 

 

Repense em sua vida hoje. Quais são suas prioridades? Não permita que as circunstâncias do presente século interfiram no seu primeiro amor. Volte a fazer o que fazia no princípio, compartilhe o evangelho da salvação em Jesus e deixe o amor de Deus fluir em você, através das boas obras dentro e fora da igreja. “Empenhem-se para acrescentar à sua fé a virtude; à virtude o conhecimento; ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a perseverança; à perseverança a piedade; à piedade a fraternidade; e à fraternidade o amor” (2 Pedro 1:5-7).

 

Em vez de se dedicar a coisas inúteis que não acrescentam nada para sua eternidade com Cristo, foque no fazer o bem e no que é certo(justo), confie mais em Deus e descanse no seu amor para que o fruto do Espírito apareça em sua vida naturalmente, através da comunhão com Deus e sua Palavra. 

 

Portanto, volte a prática das primeiras obras, ou seja, o seu primeiro amor. Jesus é mais importante do que tudo que temos e seu amor por nós é inseparável e insubstituível. Por isso, não abandone esse grande amor que o Pai nos concedeu. “E este é o seu mandamento: Que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo e que nos amemos uns aos outros, como ele nos ordenou” (1 João 3:23).

 

Lembre-se: Deus é bom; seu amor dura para sempre.

Um comentário:

Saemmy Albuquerque disse...

Que bela reflexão!
Deus quer ser prioridade em nossas vidas.