terça-feira, 2 de novembro de 2010

O Brasil de Dilma e dos brasileiros

A partir de janeiro de 2011, começa uma nova era na política do Brasil. Assume a primeira mulher presidenta da história do Brasil, Dilma Rousseff. Após quatro meses de uma campanha acirrada com o tucano José Serra do PSDB em que a tônica dos debates era as denúncias de corrupção e escândalos. Mas, tudo acabou.
Durante a campanha faltaram propostas concretas relacionadas a temas importantes à nação. A vitória de Dilma nas eleições mostra a força da popularidade do Presidente Lula que elegeria qualquer candidato que escolhesse. Mas, porque Dilma Rousseff? Não poderia ser outro medalhão do PT? Até poderia, porém Dilma despertou a graça de Lula pela força da sua personalidade e foi ungida por seu mentor para sucedê-la. Como ministra da Casa Civil demonstrou austeridade, seriedade e autoritarismo em suas decisões. Talvez essa característica sisuda e de temperamento forte tenha dificultado o início da campanha que precisou ser trabalhado para uma postura mais moderada, até seu visual mudou, ao ponto de chamarem "Dilma paz e amor", uma alusão a época de Lula, quando candidato a presidente "lulinha paz e amor".
A presidenta eleita precisa avançar com propostas concretas na área da economia, nas reformas da previdência, tributária e política. Ela tem dois meses para fazer uma transição de governo tranquila e elaborar um programa de governo para desenvolver nos próximos quatro anos e sair da sombra de Lula, demonstrar que o povo pode confiar no voto que lhe concedeu vitória nas eleições 2010.
Sabe-se que as coisas devem continuar mais ou menos como estão, pelo menos no começo do governo, mas provavelmente, ela deverá impor mudanças, não se sabe ainda em que área, porque não se tem um programa efetivo de governo. Com tantas dúvidas sobre o que virá, o que nos tranquiliza é que o mercado financeiro continua estável com autonomia não-formal do Banco Central e câmbio flutuante. Vamos esperar e dar um crédito de confiança no governo que se instalará a partir de 2011.

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