segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Quem ganha, quem perde com a greve das universidades

A Universidade Federal da Paraíba está vivendo mais uma greve de funcionários que já dura três meses. É um transtorno do ponto de vista do acesso a alguns serviços, a exemplo da Biblioteca Central e do Hospital Universitário. Isso se explica pelo fato de que atinge o maior número de pessoas que precisam desses serviços, os estudantes e a comunidade pobre de João Pessoa e dos municípios vizinhos, respectivamente.
As negociações caminham a passos lentos e intransigentemente de ambas as partes, governo e sindicato. E se não bastasse toda essa agonia causando prejuízo ao Hospital Universitário que está cada vez mais deteriorado temos o nosso direito aviltado de só poder entrar no campus apenas por uma entrada, o CCHLA.
Até onde vai essa intransigência? Até quando suportaremos o descaso da gestão da universidade frente ao poder do sindicato que dita as normas e faz acontecer? Se há alguma luz no final desse túnel caótico em que nos encontramos, eu não sei. E para engrossar ainda mais esse caldo indigesto, os professores estão tentando uma negociação com o MEC, caso não conquistem suas reivindicações também poderão entrar em greve.
É o caminho progressivo que estamos trilhando para o fim da universidade pública, porque os poderosos querem que a greve aconteça para provar a sociedade que essa universidade pública é inviável e que não vale apena investir numa instituição que trabalha tão pouco por causa das constantes greves.
O sinal vermelho de alerta está explodindo. Vamos rever nossos conceitos e valores a respeito da greve. É tempo de novas estratégias de reivindicações para atender as nossas necessidades e o interesse social.

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