quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Projeto de Lei do Senado Nº 26/2007

Encontra-se em tramitação no Senado Federal o projeto do Senador Tião Viana que altera a Lei nº 7.498/1986 que dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem e dá outras providências para estabelecer prazo para a concessão de registros aos atendentes, auxiliares e Técnicos de Enfermagem e às parteiras, assim como assegurar a esses profissionais acesso diferenciado aos cursos de graduação de nível superior em Enfermagem.
Veja abaixo o que é que muda na Lei 7.498/1986 com esse projeto:

Art. 1º A Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 23-A e 23-B:

"Art. 23-A A partir de 31 de dezembro de 2017 fica vedada a inscrição de auxiliares e técnicos de enfermagem e de parteiras nos conselhos regionais de enfermagem.

Parágrafo único. Até a data fixada pelo caput, fica assegurado aos inscritos nos conselhos regionais de enfermagem o exercício das atividades de que tratam os artigos 12 e 13.

Art. 23-B A partir de 31 de dezembro de 2017, não mais será concedida a autorização de que trata o caput do art. 23."

Art. 2º Os auxiliares e técnicos de enfermagem e as parteiras, em exercício na data de entrada em vigor desta Lei, terão acesso diferenciado aos cursos para graduação de nível superior em enfermagem, segundo dispuser o regulamento.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

O que justifica tal iniciativa? Que interesses têm por detrás dessa medida? É preciso avaliar o caso, se há preocupação com a qualificação e o crescimento profissional da categoria, isso me parece louvável, por outro lado, permaneceremos por mais 10 anos, uma categoria profissional fragmentada e politicamente enfraquecida.

3 comentários:

Unknown disse...

Sendo no Brasil, nada acontece por acaso. Uma Lei como esta, deve ter surgido porque algo ele deve estar ganhando em troca, ou deve ser dono de uma universidade. É difícil achar que será por mera boa ação ou regulamentação da profissão. A meu ver, existe algo por trás, que tal perguntarmos ao ministério público ou a PF? Interessante esta postagem Professor. Abraço.

Sérgio Santos disse...

Valeu Luipa. Você tem toda razão. Isso está cheirando muito estranho. Talvez fosse o momento de maior mobilização da categoria frente aos órgãos competentes para reverter essa situação.

EsKoLhIdA disse...

Como no Brasil nada acontece por acaso, sempre tem alguém que estará lucrando nessa história e talvez não sejam os da área da enfermagem.
Como enfermeiros precisamos nos unir em favor do crescimento e qualificação, da enfermagem, para que nossa profissão receba o devido valor que merece!