No debate ocorrido ontem dia 19/05 entre os candidatos a reitor da UFPB, deixou-nos a impressão de que viveremos momentos difíceis na futura gestão. Explico o porque: não ficou claro, qual a proposta de universidade que os candidatos estão projetando para os quatro anos de gestão. Os discursos não atenderam as expectativas de quem pensa em universidade pública com qualidade e competência.
A plateia que assistia ao debate, na realidade, parecia que não estava nem aí com o conteúdo das respostas dos candidatos aos questionamentos previamente selecionados para cada candidato. Aliás, diga-se de passagem, o nível educacional dos ouvintes era de arrepiar. Parecia um bando num curral eleitoral, só aplaudiam os candidatos que eles apoiavam, aqueles que eles consideram adversários, quase não conseguiam falar e, por vezes, o coordenador da mesa, precisou intervir, a fim de garantir o direito do candidato expor seu ponto de vista.
Essa situação me constrangeu. E pensar que estamos numa academia, a "elite pensante" da sociedade. Infelizmente, nessas ocasiões o fanatismo por um determinado candidato impede que as pessoas enxerguem e avaliem com consciência as propostas e ideias dos outros candidatos. É o famoso voto de "cabresto" ou "curral eleitoral" que existe também na academia.
Quais dos três candidatos se saiu melhor no debate? É difícil responder, porque sempre acabamos nos inclinando para aquele candidato que mais simpatizamos, mesmo que não concordemos com sua proposta de universidade. Isso é um grande equívoco!
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