A carreira acadêmica é uma jornada longa de muito estudo e envolvimento com a pesquisa. Temos observado uma grande ansiedade entre os docentes na busca pela titulação, seja de mestre ou de doutor.
Mas, qual é a razão dessa desenfreada busca pela titulação que, muitas vezes, atropela interesses coletivos, em detrimento do individual? A resposta é simples, a supervalorização da política universitária em titular professores. Essa é a preocupação de todos, ter o título - mestre ou doutor. Então, me questiono, o que é mais importante, o título ou a qualificação para pesquisa e fortalecimento do ensino da graduação e pós-graduação? Na realidade, as universidades públicas federais estão inchando, não estão crescendo com sustentabilidade, porque a titulação está sendo objeto de melhoria nas condições salariais e muitos docentes, em virtude dessa situação procuram a titulação. O pior de tudo é que muitos docentes estão as vésperas da aposentadoria e a instituição investe na capacitação deles para alimentar as instituições privadas, porque vão receber um profissional titulado. Ninguém está mais interessado na vocação para pesquisa, para aplicar conhecimentos e gerar conhecimentos científicos.
Se Max Weber ainda estivesse vivo ficaria muito decepcionado com a realidade do ensino universitário do séc. XXI. A vocação dos doutores é a titulação e não fazer ciência. É preciso repensar o nosso papel como docentes e doutores.
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